A Feira Internacional da Indústria da Madeira, Móveis e Setor Florestal (FEMADE 2010) foi palco nesta quarta-feira, dia 26, do 1˚ Fórum Brasileiro de Revendas de Produtos para Marcenaria. Iniciativa inédita no mercado nacional, o evento reuniu importantes empresários de revendas de produtos para marcenaria e fornecedores da cadeia produtiva para debaterem os problemas e perspectivas do setor.
Constantino Bäumle, presidente da Hannover Fairs Sulamérica – organizadora do evento, abriu o Fórum explicando a importância da capacitação do profissional de marcenaria e sobre a necessidade desse público buscar a formalização do seu negócio. Bäumle lembrou ainda que os participantes da Femade contam com cursos de treinamento do SENAI/Cetman e do SEBRAE/PR, que estão sendo realizados durante todos os dias da FEMADE, no espaço da EXPO MARCENARIA. “Esta é a primeira edição do Fórum e queremos que ele funcione como um grande debate, no qual o conhecimento de ambas as partes sejam somados”, concluiu.
Coordenado e mediado por Ivete Lourdes de Faci Vital, da empresa Nacional Madeiras (PR), o Fórum teve início com a apresentação do empresário Hélio Seibel, da Leo Madeiras & Ferragens (SP). Seibel contou que no início de sua carreira questionava-se como os marceneiros, que compravam a matéria-prima e ferragens de sua empresa com baixo custo e vendiam um móvel com alto valor agregado, produzido sob medida, não enriqueciam. “Eu não via estes profissionais lucrando o quanto podiam. Eu não via nenhum marceneiro ganhando dinheiro, e me questionava quanto a isso”, destacou, acrescentando: “A única explicação era o desperdício ou falta de gestão”.
Neste sentido, Seibel conta que a Leo Madeiras passou a oferecer pequenos cursos de qualificação e ação diversas para melhor o “serviço” destas marcenarias. “Há seis anos também criamos a Escola da Marcenaria Moderna, que também atende a jovens carentes, formando aproximadamente 80 profissionais por ano”, contou. O empresário também falou rapidamente sobre o modelo de negócio da revenda e como eles cresceram até chegarem ao número atual de 60 lojas em todo o País.
Em seguida, Álvaro Góes, do grupo Madcompen, de Ponta Grossa (PR), relatou como a empresa iniciou suas atividades, 20 anos atrás, quando ainda trabalhava com painéis de compensado. Hoje, a loja integra a rede de revendas Placacentro, da Masisa, que concentra em um só lugar diversos serviços e produtos para o marceneiro. A empresa também possui um instituto que apoia a formação de jovens marceneiros. Góes argumentou também: “Precisamos tentar salvar a profissão de marceneiro, para que a mesma não seja extinta, assim como aconteceu com os alfaiates”.
Representando a APAM (Associação Paranaense dos Atacadistas e Varejistas de Produtos para Marcenaria), entidade que congrega revendas da grande Curitiba (PR), Rudolf Hamm, da Rudegon, explicou que a entidade encabeça um trabalho desde 2006, com o objetivo de valorizar as lojas e os profissionais da marcenaria. “Percebemos que mesmo sendo concorrentes, podemos nos ajudar, além do próprio mercado”, afirmou.
Hamm contou que a entidade está se aproximando de instituições como o SENAI/PR em busca da capacitação da mão de obra: “A falta de profissionais qualificados é uma realidade e só tende a piorar. Também estamos juntos com o SEBRAE em uma parceria para incentivar os marceneiros a formalizarem suas empresas”. A entidade também está promovendo uma campanha para a valorização do marceneiro, para incentivar a contratação deste profissional e mostrar que ele é capaz de entregar o móvel conforme o desejo dos clientes, independentemente do tamanho de cada residência.
FORNECEDORES – Marcelo Cenacchi, da Renner Sayerlack, de Cajamar (SP), concordou com os demais componentes da mesa do Fórum quanto à realidade do marceneiro, que vem perdendo espaço no mercado para as lojas de móveis planejados. “Por isso, tentamos capacitar o marceneiro para que ele se torne mais forte”, disse.
Cenacchi ponderou que é errada a visão de alguns marceneiros brasileiros, que tentam “copiar” modelos e características dos móveis produzidos em série. “Eles não percebem que podem criar tendências, assim como ocorre com os profissionais artesões que trabalham na Europa ou Estados Unidos. È preciso que ele se situe no mercado”.
Ademir Coimbra de Souza, da Berneck S.A. Painéis e Serrados, de Araucária (PR), fez um breve relato da história da empresa e contou como a empresa passou a atuar no mercado de revendas, visando abastecer os marceneiros com chapas de MDF e MDP. Souza destacou ainda que os fornecedores tem sido muito ágeis em oferecer novas tecnologias e produtos no mercado, incluindo o segmento de marcenaria. “Mas, ainda vemos que há muito desconhecimento no mercado e que não há uma continuidade no trabalho realizado. O fato dele produzir um bom móvel, não quer dizer que ele não necessita de aperfeiçoamento ou ainda que não precisa buscar novas qualificações. A evolução é constante”.
E Cesar Ruthes, da SCM Group / Tecmatic, de São Bento do Sul (SC), falou sobre o mercado de venda de máquinas para marceneiros. A empresa começou a produzir máquinas para esse público a partir de 2002 e tem, hoje, o objetivo de fazer uma parceria com as revendas. De acordo com Ruthes, muitas revendas prestam serviços terceirizados de corte, furação e colagem de bordos com máquinas da SCM Group. “Por isso, buscamos uma forma das revendas incentivarem a compra dessas máquinas pelos marceneiros”, disse.
Ao final do 1º Fórum Brasileiro de Revendas de Produtos para Marcenaria o público presente teve a oportunidade de fazer perguntas aos componentes da mesa e de discutir algumas das opiniões apresentadas no evento. Apesar disso, o indicativo dos empresários caminhou na mesma direção: os marceneiros precisam buscar a sua própria diferenciação. Caso contrário, continuarão a perder mercado.
Constantino Bäumle, presidente da Hannover Fairs Sulamérica – organizadora do evento, abriu o Fórum explicando a importância da capacitação do profissional de marcenaria e sobre a necessidade desse público buscar a formalização do seu negócio. Bäumle lembrou ainda que os participantes da Femade contam com cursos de treinamento do SENAI/Cetman e do SEBRAE/PR, que estão sendo realizados durante todos os dias da FEMADE, no espaço da EXPO MARCENARIA. “Esta é a primeira edição do Fórum e queremos que ele funcione como um grande debate, no qual o conhecimento de ambas as partes sejam somados”, concluiu.
Coordenado e mediado por Ivete Lourdes de Faci Vital, da empresa Nacional Madeiras (PR), o Fórum teve início com a apresentação do empresário Hélio Seibel, da Leo Madeiras & Ferragens (SP). Seibel contou que no início de sua carreira questionava-se como os marceneiros, que compravam a matéria-prima e ferragens de sua empresa com baixo custo e vendiam um móvel com alto valor agregado, produzido sob medida, não enriqueciam. “Eu não via estes profissionais lucrando o quanto podiam. Eu não via nenhum marceneiro ganhando dinheiro, e me questionava quanto a isso”, destacou, acrescentando: “A única explicação era o desperdício ou falta de gestão”.
Neste sentido, Seibel conta que a Leo Madeiras passou a oferecer pequenos cursos de qualificação e ação diversas para melhor o “serviço” destas marcenarias. “Há seis anos também criamos a Escola da Marcenaria Moderna, que também atende a jovens carentes, formando aproximadamente 80 profissionais por ano”, contou. O empresário também falou rapidamente sobre o modelo de negócio da revenda e como eles cresceram até chegarem ao número atual de 60 lojas em todo o País.
Em seguida, Álvaro Góes, do grupo Madcompen, de Ponta Grossa (PR), relatou como a empresa iniciou suas atividades, 20 anos atrás, quando ainda trabalhava com painéis de compensado. Hoje, a loja integra a rede de revendas Placacentro, da Masisa, que concentra em um só lugar diversos serviços e produtos para o marceneiro. A empresa também possui um instituto que apoia a formação de jovens marceneiros. Góes argumentou também: “Precisamos tentar salvar a profissão de marceneiro, para que a mesma não seja extinta, assim como aconteceu com os alfaiates”.
Representando a APAM (Associação Paranaense dos Atacadistas e Varejistas de Produtos para Marcenaria), entidade que congrega revendas da grande Curitiba (PR), Rudolf Hamm, da Rudegon, explicou que a entidade encabeça um trabalho desde 2006, com o objetivo de valorizar as lojas e os profissionais da marcenaria. “Percebemos que mesmo sendo concorrentes, podemos nos ajudar, além do próprio mercado”, afirmou.
Hamm contou que a entidade está se aproximando de instituições como o SENAI/PR em busca da capacitação da mão de obra: “A falta de profissionais qualificados é uma realidade e só tende a piorar. Também estamos juntos com o SEBRAE em uma parceria para incentivar os marceneiros a formalizarem suas empresas”. A entidade também está promovendo uma campanha para a valorização do marceneiro, para incentivar a contratação deste profissional e mostrar que ele é capaz de entregar o móvel conforme o desejo dos clientes, independentemente do tamanho de cada residência.
FORNECEDORES – Marcelo Cenacchi, da Renner Sayerlack, de Cajamar (SP), concordou com os demais componentes da mesa do Fórum quanto à realidade do marceneiro, que vem perdendo espaço no mercado para as lojas de móveis planejados. “Por isso, tentamos capacitar o marceneiro para que ele se torne mais forte”, disse.
Cenacchi ponderou que é errada a visão de alguns marceneiros brasileiros, que tentam “copiar” modelos e características dos móveis produzidos em série. “Eles não percebem que podem criar tendências, assim como ocorre com os profissionais artesões que trabalham na Europa ou Estados Unidos. È preciso que ele se situe no mercado”.
Ademir Coimbra de Souza, da Berneck S.A. Painéis e Serrados, de Araucária (PR), fez um breve relato da história da empresa e contou como a empresa passou a atuar no mercado de revendas, visando abastecer os marceneiros com chapas de MDF e MDP. Souza destacou ainda que os fornecedores tem sido muito ágeis em oferecer novas tecnologias e produtos no mercado, incluindo o segmento de marcenaria. “Mas, ainda vemos que há muito desconhecimento no mercado e que não há uma continuidade no trabalho realizado. O fato dele produzir um bom móvel, não quer dizer que ele não necessita de aperfeiçoamento ou ainda que não precisa buscar novas qualificações. A evolução é constante”.
E Cesar Ruthes, da SCM Group / Tecmatic, de São Bento do Sul (SC), falou sobre o mercado de venda de máquinas para marceneiros. A empresa começou a produzir máquinas para esse público a partir de 2002 e tem, hoje, o objetivo de fazer uma parceria com as revendas. De acordo com Ruthes, muitas revendas prestam serviços terceirizados de corte, furação e colagem de bordos com máquinas da SCM Group. “Por isso, buscamos uma forma das revendas incentivarem a compra dessas máquinas pelos marceneiros”, disse.
Ao final do 1º Fórum Brasileiro de Revendas de Produtos para Marcenaria o público presente teve a oportunidade de fazer perguntas aos componentes da mesa e de discutir algumas das opiniões apresentadas no evento. Apesar disso, o indicativo dos empresários caminhou na mesma direção: os marceneiros precisam buscar a sua própria diferenciação. Caso contrário, continuarão a perder mercado.
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