O julgamento de dois envolvidos na morte do estudante Bruno Strobel Coelho Santos, 19, assassinado com um tiro na nuca, na madrugada de 3 de outubro de 2007, recomeçou na manhã de hoje (28), por volta das 9h. Familiares e amigos, assim como nesta sexta-feira, chegaram cedo ao Tribunal do Júri onde acompanham o julgamento que não tem hora para acabar.
O ex-vigilante Marlon Balem Janke, 33 anos, um dos réus, confessou o crime no tribunal perante jurados, testemunhas, juiz e familiares do estudante. O acusado pediu desculpas à família e afirmou estar disposto a cumprir toda a pena que lhe for imposta. Testemunhas e os dois réus foram ouvidos ontem, porém o julgamento só deverá terminar hoje, após debates entre defesa e acusação. O corpo de jurados é formado por cinco mulheres e dois homens, todos jovens.
O colega de Janke, Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 29, outro acusado sentado nos bancos dos réus, foi inocentado pelo amigo e alegou que Rodrigues pegou ‘a carona mais cara de sua vida’. Ele disse que naquela noite deteve Bruno quando ele pichava o muro de uma clínica, no Alto da XV, e que o levou até a sede da Centronic, porque o jovem estava muito agitado. Negou tê-lo algemado e torturado (juntamente com os demais colegas) e afirmou que o levou para Tranqueira, numa estrada secundária de Almirante Tamandaré, para libertá-lo.
“Quando ele saiu do porta-malas do carro, tentou pegar minha arma. Entramos em luta e, quando tentei contê-lo, batendo com a arma por duas vezes na cabeça dele, aconteceu o tiro. Nada foi premeditado. Foi uma fatalidade”, assegurou. Marlon também inocentou os demais denunciados.
Acusado teria pedido perdão, mas pai de Bruno diz que "não é Jesus Cristo"
O pai de Bruno Strobel Coelho Santos, 19 anos, morto com dois tiros na cabeça em outubro de 2007 fez um desabafo à Banda B durante o julgamento dos dois principais suspeitos da morte do rapaz nesta sexta-feira (26). O jornalista Vinicius Coelho afirmou que recebeu um pedido de perdão do principal acusado de executar seu filho, o ex-vigilante Marlon Balen Janke, 33 anos. Coelho disse que recusou o pedido e não quer conversa com o homem que considera ser o ssassino de Bruno.
“Pessoas vieram me dizer que ele queria pedir perdão para mim, mas eu não sou Jesus Cristo para fazer isso. O Bruno não vem mais almoçar comigo, não volta pra casa a noite mais. Espero que eles sejam condenados para que pelo menos assim o nosso coração possa ser apaziguado”, disse Coelho.
O julgamento que acontece no Tribunal do Juri em Curitiba. Três testemunhas estavam escaladas para prestar depoimento antes dos interrogatório dos acusados. João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes, falou à Banda B logo que deixou o plenário e disse que espera a condenação dos dois ex-funcionários da empresa de segurança privada Centronic. “A empresa também deve responder tendo em vista que não tomou nenhuma providência para apurar o caso e não agiu respeitando a lei”, disse Soares. )
Segundo ele, ao contrário do que se esperava, a carderneta de clientes da Centronic aumentou depois do assassinado de Bruno. “As pessoas aumentaram a procura depois que a frase ‘Centronic Mata’ se popularizou na capital. Eles criaram uma nova empresa chamada Segline e passam os clientes que procuram a antiga empresa para esta nova”.
As outras duas testemunhas a serem ouvidas são Fernando Bida, ex-funcionário da Centronic, e Adir Alves, caseiro da chácara onde o corpo de Bruno foi encontrado em Almirante Tamandaré. A audiência teve início às 9h00 da manhã e deve seguir pela noite e madrugada.
Lobos e ovelhas
Mesmo com a afirmativa do pai de Bruno de que a acusação tem provas suficientes para condenar os dois acusados, o advogado Cláudio Dalledone Junior, que defente Douglas Rodrigo Sampaio Rodriguês, 29 anos, o segundo ex-vigilante acusado, afirma que seu cliente tem chances de ser inocentado. “Assim como o presidente do Sindicato dos Vigilantes disse que a imagem da empresa melhorou com o incidente, acredito que meu cliente pode ser absolvido. Quando os lobos são inocentados as ovelhas são condenadas”, disse Daledone.
O ex-vigilante Marlon Balem Janke, 33 anos, um dos réus, confessou o crime no tribunal perante jurados, testemunhas, juiz e familiares do estudante. O acusado pediu desculpas à família e afirmou estar disposto a cumprir toda a pena que lhe for imposta. Testemunhas e os dois réus foram ouvidos ontem, porém o julgamento só deverá terminar hoje, após debates entre defesa e acusação. O corpo de jurados é formado por cinco mulheres e dois homens, todos jovens.
O colega de Janke, Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 29, outro acusado sentado nos bancos dos réus, foi inocentado pelo amigo e alegou que Rodrigues pegou ‘a carona mais cara de sua vida’. Ele disse que naquela noite deteve Bruno quando ele pichava o muro de uma clínica, no Alto da XV, e que o levou até a sede da Centronic, porque o jovem estava muito agitado. Negou tê-lo algemado e torturado (juntamente com os demais colegas) e afirmou que o levou para Tranqueira, numa estrada secundária de Almirante Tamandaré, para libertá-lo.
“Quando ele saiu do porta-malas do carro, tentou pegar minha arma. Entramos em luta e, quando tentei contê-lo, batendo com a arma por duas vezes na cabeça dele, aconteceu o tiro. Nada foi premeditado. Foi uma fatalidade”, assegurou. Marlon também inocentou os demais denunciados.
Acusado teria pedido perdão, mas pai de Bruno diz que "não é Jesus Cristo"
O pai de Bruno Strobel Coelho Santos, 19 anos, morto com dois tiros na cabeça em outubro de 2007 fez um desabafo à Banda B durante o julgamento dos dois principais suspeitos da morte do rapaz nesta sexta-feira (26). O jornalista Vinicius Coelho afirmou que recebeu um pedido de perdão do principal acusado de executar seu filho, o ex-vigilante Marlon Balen Janke, 33 anos. Coelho disse que recusou o pedido e não quer conversa com o homem que considera ser o ssassino de Bruno.
“Pessoas vieram me dizer que ele queria pedir perdão para mim, mas eu não sou Jesus Cristo para fazer isso. O Bruno não vem mais almoçar comigo, não volta pra casa a noite mais. Espero que eles sejam condenados para que pelo menos assim o nosso coração possa ser apaziguado”, disse Coelho.
O julgamento que acontece no Tribunal do Juri em Curitiba. Três testemunhas estavam escaladas para prestar depoimento antes dos interrogatório dos acusados. João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes, falou à Banda B logo que deixou o plenário e disse que espera a condenação dos dois ex-funcionários da empresa de segurança privada Centronic. “A empresa também deve responder tendo em vista que não tomou nenhuma providência para apurar o caso e não agiu respeitando a lei”, disse Soares. )
Segundo ele, ao contrário do que se esperava, a carderneta de clientes da Centronic aumentou depois do assassinado de Bruno. “As pessoas aumentaram a procura depois que a frase ‘Centronic Mata’ se popularizou na capital. Eles criaram uma nova empresa chamada Segline e passam os clientes que procuram a antiga empresa para esta nova”.
As outras duas testemunhas a serem ouvidas são Fernando Bida, ex-funcionário da Centronic, e Adir Alves, caseiro da chácara onde o corpo de Bruno foi encontrado em Almirante Tamandaré. A audiência teve início às 9h00 da manhã e deve seguir pela noite e madrugada.
Lobos e ovelhas
Mesmo com a afirmativa do pai de Bruno de que a acusação tem provas suficientes para condenar os dois acusados, o advogado Cláudio Dalledone Junior, que defente Douglas Rodrigo Sampaio Rodriguês, 29 anos, o segundo ex-vigilante acusado, afirma que seu cliente tem chances de ser inocentado. “Assim como o presidente do Sindicato dos Vigilantes disse que a imagem da empresa melhorou com o incidente, acredito que meu cliente pode ser absolvido. Quando os lobos são inocentados as ovelhas são condenadas”, disse Daledone.
Comentários