Os ex-vigilantes da Centronic Marlon Balem Janke, 33 anos, e Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 29, foram condenados ontem à noite pela morte do estudante Bruno Strobel Coelho Santos, filho do jornalista Vinicius Coelho. O crime aconteceu na madrugada de 3 de outubro de 2007.
O júri, formado por cinco mulheres e dois homens, considerou os réus culpados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, que resultaram em 13 anos de prisão a Douglas.
Além destes crimes, Marlon foi condenado por formação de quadrilha e tortura mediante sequestro e pegou 23 anos de cadeia. Os dois estão presos há quase três anos.
No segundo dia de julgamento no Tribunal de Júri, defesa e acusação fizeram suas explanações. À tarde, houve discussão entre os advogados das partes, e a juíza Inês Marchalek Zarpelon teve que suspender a sessão por cinco minutos.
Debates
Depois disto, ocorreram os debates finais. A acusação, por meio do assistente Adriano Bretas, expôs aos jurados que se não fosse a denúncia por parte de Fernando Bida, ex-funcionário da empresa Centronic que denunciou o crime, nada viria à público.
Já Nilton Ribeiro, que defendeu Marlon, relembrou que o réu confessou atingir a vítima com um tiro acidental, quando Bruno entrou em luta corporal com ele. Ressaltou ainda que a vítima tinha um histórico de furtos e pichações.
Marlon disse que nada foi premeditado e pediu desculpas à família de Bruno. O advogado Cláudio Dalledone Júnior, que defendeu Douglas, citou que existia uma força-tarefa para condenar seu cliente.
O julgamento tinha sido adiado duas vezes. Em julho, a sessão foi suspensa após a juíza descobrir que uma das juradas era irmã de um advogado que já havia defendido um dos acusados.
Em 11 de agosto foi alterada a data de julgamento porque o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, não recebeu a intimação para depor.
Execução
O corpo de Bruno foi encontrado uma semana depois do crime, com dois tiros na cabeça. Tudo começou quando ele foi pego pelos vigilantes da Centronic pichando o muro de uma clínica no Alto da XV. Bruno foi levado à sede da empresa e torturado. Dentro do porta-mas de um Gol, ele foi levado para Tranqueira, em Almirante Tamandaré e executado.
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