sexta-feira, março 11, 2016

Fim do El Niño gera alerta de geada para o Paraná


A preocupação agora se concentra nas áreas de safrinha, que dependem de um clima sem sustos para garantir boas produtividades.

O caso mais emblemático é o do milho segunda safra que, com 83% da área já semeada no estado, pode ficar vulnerável a ocorrência de geadas previstas para o mês de maio. A avaliação dos meteorologistas é de que, com um inverno ”normal”, diferente do que ocorreu nos últimos dois anos, as temperaturas mais baixas podem ampliar ainda mais as incertezas.

De acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia, Luiz Renato Lazinski, os últimos dois invernos foram mais quentes do que o normal, mas este ano teremos um clima típico da estação, com possibilidade de geadas em algumas regiões do Estado. “As áreas mais altas da região Centro-Sul e o Oeste tem mais chance de registrar geadas em maio. Mas se os produtores semearem a safrinha dentro da janela, o risco de a geada trazer estragos é menor”, diz. Já no Norte do Estado as chances de atingir o milho safrinha são pequenas.

Segundo a meteorologista da Somar, Nadiara Pereira, com o enfraquecimento do El Niño – fenômeno que trouxe excesso de chuvas para o Paraná e atrapalhou a colheita da soja no verão as precipitações devem diminuir de intensidade em todo o Centro-Sul nos próximos meses. Para o inverno é esperada uma condição de neutralidade climática, o que deixará a estação com temperaturas mais baixas do que o ano passado, que foi bastante atípico. “As ondas de frio serão mais intensas, frequentes, persistentes e acontecerão mais cedo. Já a partir de abril podemos registrar quedas de temperatura, mas com risco geada apenas em maio”, explica.

O quadro já motiva um sinal de alerta no campo. “Existe, claro, uma grande preocupação dos produtores pois dependendo da intensidade do frio e de qual fase de desenvolvimento das lavouras vai ser atingida, pode comprometer a safra. Os agricultores precisam se precaver e plantar dentro da janela ideal, mas sempre haverá riscos”, afirma o economista do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), Marcelo Garrido.

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Laranjeiras do Sul

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