Já reeleito, o atual governador Beto Richa (PSDB) deverá renunciar ao cargo em março de 2018 para se candidatar a uma das duas vagas ao Senado que estarão em disputa. Dessa forma, integrantes do seu grupo político anteciparam – e muito – a briga para sucedê-lo. Secretário do Desenvolvimento Urbano e deputado estadual mais votado em 2014, Ratinho Jr. aproveitou a “janela da infidelidade” para migrar do PSC para o PSD. No novo partido, terá mais estrutura e tempo de televisão.

A mudança, porém, não foi bem digerida por Richa e seus aliados, sobretudo pelo grupo político do deputado federal Ricardo Barros (PP). O parlamentar pretende aproveitar os nove meses em que a esposa e vice, Cida Borghetti, deverá ocupar a cadeira de governadora em 2018 para cacifá-la à reeleição. Para tanto, assumirá nas próximas semanas a Secretaria do Planejamento, a fim de se tornar mais presente no estado e poder articular a candidatura da mulher.
Em meio a esse cabo de guerra, Richa rifou Eduardo Sciarra (PSD) da Casa Civil, trazendo para o lugar o deputado federal Valdir Rossoni (PSDB). “O Beto trouxe alguém extremamente fiel e leal a ele, justamente para não deixar haver um jogo contra ele dentro do governo. Afinal, ainda há muito mandato pela frente”, avalia um deputado estadual da base aliada.
A noiva
Escondido em meio a toda essa articulação precoce, o ex-senador Osmar Dias é tratado como nome de destaque para a disputa de 2018. Até agora, porém, o pedetista segue à margem desse processo – ao menos publicamente. Há quem aposte num eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e na consequente saída dele do cargo de vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, para a entrada de cabeça nessa disputa.
“No atual cenário político do país, o Osmar é um dos poucos que não teve o nome chamuscado. Sem contar que dificilmente o eleitor vai optar por um nome jovem, inexperiente. Por isso, o Osmar se fortalece muito”, aposta um parlamentar próximo ao pedetista.
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