Depois de ficar quase um ano e meio foragido da Justiça, o ex-funcionário da Assembleia Legislativa do Paraná Daor Afonso Marins de Oliveira se entregou ontem. Em depoimento a promotores do Ministério Público Estadual (MP), ele acusou o ex-diretor-geral do Legislativo Abib Miguel, o Bibinho, de movimentar a conta bancária dele e de pelo menos outros quatro familiares seus.
Depois de mais de uma hora de depoimento, Oliveira foi encaminhado para o Centro de Triagem II, em Piraquara, na Grande Curitiba, onde vai permanecer preso. O advogado dele já entrou com pedido de liberdade na Justiça.
Aos promotores, Oliveira contou que resolveu fugir depois que estourou o escândalo de desvio de dinheiro da Assembleia, mostrados pela Gazeta do Povo e pela RPC TV na série de reportagens Diários Secretos, publicada a partir de março de 2010.
Oliveira e pelo menos outros 12 parentes dele foram empregados com cargo em comissão, de indicação política – todos vinculados a gabinetes administrativos da Assembleia. No depoimento, ele confessou que entregou documentos pessoais dos familiares para que fossem nomeados e contas bancárias fossem abertas em seus nomes. Afirmou ainda que dois filhos e a mulher, Roseli do Rocio Luccas de Oliveira, tinham cargos na Assembleia, mas nunca trabalharam. E que ele e o filho, Marlon Christian Luccas de Oliveira, só trabalhavam quando eram chamados por Bibinho.
Oliveira trabalhava numa imobiliária que funcionava numa sala comercial, de propriedade de Bibinho, no Centro de Curitiba. A imobiliária administrava imóveis de Abib Miguel. Pelo serviço, disse Oliveira, ele recebia cerca de R$ 9 mil mensais . Mas o salário recebido era bem menor daquele depositado pela Assembleia. No período em que foi servidor do Legislativo, ele recebeu R$ 1,2 milhão, com média salarial superior a R$ 20 mil.
Fantasmas e laranjas
Investigação do MP revelou que o desvio de dinheiro era feito por meio da contratação de funcionários fantasmas e laranjas. O grupo que administrava o esquema, comandado por Bibinho, segundo os promotores, ficava com os cartões bancários para movimentar as contas. Ainda de acordo com o MP, foram desviados pelo menos R$ 26 milhões apenas com a contratação de parentes de Oliveira.
Oliveira foi denunciado pelo MP e responde na Justiça pelos crimes de formação de quadrilha, desvio de dinheiro público, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
O advogado de Oliveira não foi localizado. Eurolino Sechinel Reis, advogado de Bibinho, disse que não teve acesso ao conteúdo do depoimento, mas que Oliveira terá de provar o que disse.
Depois de mais de uma hora de depoimento, Oliveira foi encaminhado para o Centro de Triagem II, em Piraquara, na Grande Curitiba, onde vai permanecer preso. O advogado dele já entrou com pedido de liberdade na Justiça.
Aos promotores, Oliveira contou que resolveu fugir depois que estourou o escândalo de desvio de dinheiro da Assembleia, mostrados pela Gazeta do Povo e pela RPC TV na série de reportagens Diários Secretos, publicada a partir de março de 2010.
Oliveira e pelo menos outros 12 parentes dele foram empregados com cargo em comissão, de indicação política – todos vinculados a gabinetes administrativos da Assembleia. No depoimento, ele confessou que entregou documentos pessoais dos familiares para que fossem nomeados e contas bancárias fossem abertas em seus nomes. Afirmou ainda que dois filhos e a mulher, Roseli do Rocio Luccas de Oliveira, tinham cargos na Assembleia, mas nunca trabalharam. E que ele e o filho, Marlon Christian Luccas de Oliveira, só trabalhavam quando eram chamados por Bibinho.
Oliveira trabalhava numa imobiliária que funcionava numa sala comercial, de propriedade de Bibinho, no Centro de Curitiba. A imobiliária administrava imóveis de Abib Miguel. Pelo serviço, disse Oliveira, ele recebia cerca de R$ 9 mil mensais . Mas o salário recebido era bem menor daquele depositado pela Assembleia. No período em que foi servidor do Legislativo, ele recebeu R$ 1,2 milhão, com média salarial superior a R$ 20 mil.
Fantasmas e laranjas
Investigação do MP revelou que o desvio de dinheiro era feito por meio da contratação de funcionários fantasmas e laranjas. O grupo que administrava o esquema, comandado por Bibinho, segundo os promotores, ficava com os cartões bancários para movimentar as contas. Ainda de acordo com o MP, foram desviados pelo menos R$ 26 milhões apenas com a contratação de parentes de Oliveira.
Oliveira foi denunciado pelo MP e responde na Justiça pelos crimes de formação de quadrilha, desvio de dinheiro público, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
O advogado de Oliveira não foi localizado. Eurolino Sechinel Reis, advogado de Bibinho, disse que não teve acesso ao conteúdo do depoimento, mas que Oliveira terá de provar o que disse.
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