sexta-feira, setembro 04, 2020

TJ-PR determina que vereadora denunciada por 'rachadinha' na Câmara de Curitiba seja afastada das funções públicas

Vereadora de Curitiba Fabiane Rosa foi denunciada por suposto esquema de 'rachadinha' na Câmara de Curitiba — Foto: Divulgação/ Câmara de Curitiba
O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) determinou, nesta quinta-feira (3), o afastamento da vereadora Fabiane Rosa (PSD) das funções públicas por descumprimento das condições da prisão domiciliar.

Fabiane foi denunciada por um suposto esquema de "rachadinha" na Câmara Municipal de Curitiba, e teve prisão preventiva convertida em domiciliar no dia 11 de agosto.

Entre as condições impostas pela Justiça para a conversão da prisão de Fabiane, estava a proibição de manter contato com quaisquer pessoas arroladas como testemunhas nos autos.

A defesa da vereadora Fabiane Rosa informou que ainda não foi notificada da decisão.

Com o descumprimento, o desembargador pediu que seja marcada uma audiência para que a vereadora explique o envio da mensagem. Pela decisão, caso não haja "justificativas idôneas", Fabiane pode ter nova decretação de prisão preventiva.

De acordo com a decisão do desembargador da 2ª Câmara Criminal do TJ-PR, Laertes Ferreira Gomes, Fabiane encaminhou uma mensagem de voz por um aplicativo de mensagens a uma das testemunhas do caso.

Na mensagem, segundo a testemunha, a vereadora mencionou fatos com a intenção de influenciar o depoimento da testemunha em juízo.

Prisão domiciliar

No pedido pela conversão da prisão da vereadora, de preventiva para domiciliar, a defesa disse que a parlamentar é mãe de um menino de quatro anos e que seria imprescindível os cuidados com ele por parte da mãe.


Após a conversão da prisão, a defesa argumentou que a medida foi "amparada nas chamadas ‘Regras de Bangkok’, originadas de documento celebrado pela ONU em 2010 e cujo objeto e motivação foi justamente o de deitar um olhar atento e humanitário para mulheres em condições especiais, notadamente, em situações prisionais e mães de filhos em tenra idade".

Ao conceder a prisão domiciliar à Fabiane, o TJ-PR considerou a necessidade da presença dela na sede domiciliar para os cuidados indispensáveis com a criança.

Segundo a medida desta quinta-feira, caso não apresente justificativa efetiva sobre o descumprimento das condições impostas, ela pode voltar a ser presa preventivamente, até o final dos trâmites do processo.

Denúncia

Segundo a denúncia do MP-PR, pelo menos dez ex-assessores repassaram parte dos salários à vereadora. Os pagamentos, de acordo com os depoimentos de assessores, variavam de R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil.

Fabiane Rosa foi denunciada pelo MP-PR pelos crimes de concussão e peculato. Além da parlamentar, outras três pessoas, incluindo o marido dela, também foram denunciadas.

A Câmara Municipal abriu uma sindicância, paralelamente à denúncia na Justiça, para apurar o caso. O PSD, partido da vereadora, suspendeu temporariamente as atividades parlamentares dela.

A prática de rachadinha consiste no repasse – de um servidor público ou prestador de serviços da administração – de parte da remuneração recebida para políticos e assessores.

Fabiane Rosa se elegeu na eleição municipal, em 2016, pela primeira vez - com mais de 7 mil votos. Ela ficou conhecida por defender os direitos dos animais, pautando projetos sobre o tema, na Câmara de Curitiba.

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