O Paraná é considerado o maior produtor nacional de plantas medicinais, segundo dados do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
O estado se destaca na produção das ervas usadas em medicamentos naturais. Entre as lavouras do estado, a campeã de produção no campo paranaense é a camomila.
Em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba, mais de 30 agricultores se dedicam ao cultivo da planta. A cidade é conhecida como capital nacional da camomila.
A agricultura é uma das principais fontes de renda o município, que tem pouco mais de 27 mil habitantes. Atividade que gera renda e mexe com a economia. Foram quase R$ 3 milhões movimentados durante a safra de 2019, segundo a prefeitura.
A família do produtor Alessandro Laskawski, segue uma tradição deixada pelo pai dele. O agricultor e dois irmãos contam com a ajuda de um sobrinho no plantio, cuidado e na colheita.
"É o nosso sustento do inverno, para não ficar parado", disse Alessandro Laskawski.
Na propriedade da família, são 70 hectares plantados. Neste ano, a camomila foi semeada em maio depois da safra da soja. A colheita geralmente acontece entre os meses de agosto e outubro, e só é indicada quando as pétalas estão inclinadas para baixo.
"É o mesmo tempo do trigo, depois de colher, pode plantar soja e milho", destacou o agricultor.
As plantas podem atingir até 60 centímetros. É uma cultura resistente em relação a pragas e doenças, que se desenvolvem em clima temperado, onde predominam o tempo seco e úmido, mas também precisam de sol.
"No começo, como qualquer outra planta precisa de chuva para germinar melhor, e agora no final, ela gosta do frio, mas vem o calorzinho e ajuda na maturação dela", explicou a agrônoma Alessandra Clemente.
A estiagem durante vários meses no primeiro semestre de 2020 acabou comprometendo a floração da camomila no estado. Com isso, a colheita deste ano sofreu atraso.
O trabalho é feito por máquinas e também requer tarefas manuais. A camomila retirada do campo, na propriedade de Alessandro, lota a caçamba de um caminhão e é transportada até um galpão. As plantas passam por uma peneira que separa a flor e as ramas.
O próximo passo é a secagem, quando a camomila é colocada em estufas. Uma tonelada de camomila verde se transforma em 200 quilos do produto seco, que então é vendido para a indústria de beneficiamento.
"O tipo de agricultura, de pequenas áreas, familiar, se enquadra nesta cultura com grande facilidade justamente por se tratar de plantas com alta rentabilidade por área. Chega a dar até 10 vezes mais que culturas como soja e milho para o produtor", comentou Laís Gomes de Oliveira, agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral).
Laís coordena uma pesquisa que busca identificar espécies de ervas aromáticas e medicinais produzidas no Paraná.
"O que mais nos admira nesse levantamento é a quantidade de espécies que temos, diversidade, potenciais nas regiões. Tem regiões que tem mais adaptação para cultivo de algumas espécies hoje em pequena escala longe de um mercado consumidor amplo que demanda pelo produtor, só que está segmentado em pequenas produções. Dentro desta diversidade de espécie, existe a quantidade e volume já suficientes para atender demanda das indústrias", disse.
Indústria
Nas indústrias que produzem os chás paranaenses, em média, são fabricados 120 sachês por minuto, que saem das máquinas e ficam separados de 10 em 10 peças, nas embalagens tradicionais de papel. Um ritmo que exige atenção dos funcionários.
"A gente tem que ter cuidado para não ter sachê vazio e também não estourar sachê. Tem que ficar atento ao processo da máquina", explicou a embaladora Vera Medina.
A fábrica do empresário Adriano Franco produz também o produto em sachê de plástico. O investimento em duas máquinas importadas da Argentina para embalar a linha "premium" superou um milhão de dólares, segundo ele.
A decisão de investir acompanhou o crescimento do mercado de chás e produtos saudáveis à base de plantas.
"Crescimento de quatro a cinco anos, alongando mais as tardes, estão comprando nossos produtos. A máquina coloca mais durabilidade. O sabor e aroma preservam mais", disse o empresário.
Atualmente, os produtos da fábrica paranaense chegam a todas as regiões do Brasil. São chás a base de plantas medicinais e aromáticas. A camomila é o "carro-chefe", e a matéria-prima é 100% paranaense.
Durante a safra, que vai até novembro, a indústria de Adriano recebe de 60 a 70 toneladas de plantas, que são secas nas propriedades.
O produto abastece redes de farmácia, supermercados e lojas de produtos naturais. Ainda conforme o empresário, a demanda cresceu em meio à pandemia. "A gente teve uma venda absurda, a procura, a venda maior. Tudo aumentou. A linha de chá pegou no gosto do brasileiro", destacou.
O estado se destaca na produção das ervas usadas em medicamentos naturais. Entre as lavouras do estado, a campeã de produção no campo paranaense é a camomila.
Em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba, mais de 30 agricultores se dedicam ao cultivo da planta. A cidade é conhecida como capital nacional da camomila.
A agricultura é uma das principais fontes de renda o município, que tem pouco mais de 27 mil habitantes. Atividade que gera renda e mexe com a economia. Foram quase R$ 3 milhões movimentados durante a safra de 2019, segundo a prefeitura.
A família do produtor Alessandro Laskawski, segue uma tradição deixada pelo pai dele. O agricultor e dois irmãos contam com a ajuda de um sobrinho no plantio, cuidado e na colheita.
"É o nosso sustento do inverno, para não ficar parado", disse Alessandro Laskawski.
Na propriedade da família, são 70 hectares plantados. Neste ano, a camomila foi semeada em maio depois da safra da soja. A colheita geralmente acontece entre os meses de agosto e outubro, e só é indicada quando as pétalas estão inclinadas para baixo.
"É o mesmo tempo do trigo, depois de colher, pode plantar soja e milho", destacou o agricultor.
As plantas podem atingir até 60 centímetros. É uma cultura resistente em relação a pragas e doenças, que se desenvolvem em clima temperado, onde predominam o tempo seco e úmido, mas também precisam de sol.
"No começo, como qualquer outra planta precisa de chuva para germinar melhor, e agora no final, ela gosta do frio, mas vem o calorzinho e ajuda na maturação dela", explicou a agrônoma Alessandra Clemente.
A estiagem durante vários meses no primeiro semestre de 2020 acabou comprometendo a floração da camomila no estado. Com isso, a colheita deste ano sofreu atraso.
O trabalho é feito por máquinas e também requer tarefas manuais. A camomila retirada do campo, na propriedade de Alessandro, lota a caçamba de um caminhão e é transportada até um galpão. As plantas passam por uma peneira que separa a flor e as ramas.
O próximo passo é a secagem, quando a camomila é colocada em estufas. Uma tonelada de camomila verde se transforma em 200 quilos do produto seco, que então é vendido para a indústria de beneficiamento.
"O tipo de agricultura, de pequenas áreas, familiar, se enquadra nesta cultura com grande facilidade justamente por se tratar de plantas com alta rentabilidade por área. Chega a dar até 10 vezes mais que culturas como soja e milho para o produtor", comentou Laís Gomes de Oliveira, agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral).
Laís coordena uma pesquisa que busca identificar espécies de ervas aromáticas e medicinais produzidas no Paraná.
"O que mais nos admira nesse levantamento é a quantidade de espécies que temos, diversidade, potenciais nas regiões. Tem regiões que tem mais adaptação para cultivo de algumas espécies hoje em pequena escala longe de um mercado consumidor amplo que demanda pelo produtor, só que está segmentado em pequenas produções. Dentro desta diversidade de espécie, existe a quantidade e volume já suficientes para atender demanda das indústrias", disse.
Indústria
Nas indústrias que produzem os chás paranaenses, em média, são fabricados 120 sachês por minuto, que saem das máquinas e ficam separados de 10 em 10 peças, nas embalagens tradicionais de papel. Um ritmo que exige atenção dos funcionários.
"A gente tem que ter cuidado para não ter sachê vazio e também não estourar sachê. Tem que ficar atento ao processo da máquina", explicou a embaladora Vera Medina.
A fábrica do empresário Adriano Franco produz também o produto em sachê de plástico. O investimento em duas máquinas importadas da Argentina para embalar a linha "premium" superou um milhão de dólares, segundo ele.
A decisão de investir acompanhou o crescimento do mercado de chás e produtos saudáveis à base de plantas.
"Crescimento de quatro a cinco anos, alongando mais as tardes, estão comprando nossos produtos. A máquina coloca mais durabilidade. O sabor e aroma preservam mais", disse o empresário.
Atualmente, os produtos da fábrica paranaense chegam a todas as regiões do Brasil. São chás a base de plantas medicinais e aromáticas. A camomila é o "carro-chefe", e a matéria-prima é 100% paranaense.
Durante a safra, que vai até novembro, a indústria de Adriano recebe de 60 a 70 toneladas de plantas, que são secas nas propriedades.
O produto abastece redes de farmácia, supermercados e lojas de produtos naturais. Ainda conforme o empresário, a demanda cresceu em meio à pandemia. "A gente teve uma venda absurda, a procura, a venda maior. Tudo aumentou. A linha de chá pegou no gosto do brasileiro", destacou.
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