A cibernética tropa de choque da campanha de Dilma Rousseff continua preocupada com o candidato a vice na chapa de José Serra. Na edição de segunda-feira (19), o ucho.info mostrou que os ataques ao democrata Índio da Costa, além de mentirosos, podem provocar um efeito negativo para a própria candidata petista.
Um “aloprado” da campanha, pago regiamente para disparar impropérios na rede mundial de computadores, afirmou que Índio da Costa é filiado a um partido que não deixa de ser a Arena rebatizada, que segundo o acusador foi a legenda da tortura durante o regime militar.
Se para os assessores da presidenciável petista o que vale é esse prisma de análise, é preciso recordar o histórico de Michel Temer, pois a isonomia de tratamento é um dos direitos fundamentais do cidadão. Em 8 de outubro de 1992, seis dias após o massacre do Carandiru, Temer assumiu a Secretaria de Segurança de São Paulo, a convite do então governador Luiz Antonio Fleury Filho. À época, o governo paulista informou que 111 presos morreram no ataque comandado pelo coronel da PM Ubiratan Guimarães, mas na verdade o número de vítimas foi muito maior.
Anos mais tarde, em conversa com o editor do ucho.info, um agente penitenciário que estava de plantão no dia da chacina revelou detalhes macabros da operação. De acordo com o agente, ao menos trezentos presidiários foram covardemente fuzilados por policiais militares, o que transformou o pátio do Carandiru na arena do Coliseu. Muitos dos corpos, segundo o relato, saíram em caminhões de lixo.
Michel Temer estava à frente da Secretaria de Segurança na operação de rescaldo da tragédia, mas nem por isso ele pode ser acusado de conivência com a barbárie. Ou será que ele ajudou a camuflar os dados sobre os mortos que deixaram o local do crime como dejetos e na caçamba e caminhões de lixo?
De igual modo, o nome do vice de Dilma Rousseff foi citado no escândalo de propinas que levou José Roberto Arruda a perder o cargo de governador, mas até agora os adversários do Palácio do Planalto não usaram essa informação para estocar a dupla. De igual modo o nome de Michel Temer aparece inúmeras vezes na contabilidade paralela da empreiteira Camargo Corrêa, investigada pela Polícia Federal na Operação castelo de Areia. E núcleo da campanha de Serra também não usou o fato eleitoralmente.
Fato é que a preocupação dos petistas com o candidato a vice de José Serra não combina com os impropérios disparados contra Índio da Costa, que começou com o fato de seu rápido namoro com a filha do ex-banqueiro e agora detento Salvatore Cacciola.
Fonte: http://ucho.info/michel-temer-foi-secretario-do-governo-do-massacre-do-carandiru
Comentado por Cesar Minotto
Parece que o Índio já está fazendo "fumaça", e onde há fumaça tem fogo....
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