Ex-funcionários do gabinete do vereador Professor Galdino (PSDB) devem protocolar, na última sexta-feira (12), no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, denúncia que comprova o uso do gabinete do parlamentar na Câmara Municipal de Curitiba como comitê de campanha durante as eleições. Galdino disputou uma vaga na Assembleia Legislativa do Paraná, mas não foi eleito
A denúncia inclui todos os textos e fotos enviados pela assessoria de imprensa e o arquivo de e-mails disparados de um dos terminais da Câmara (com IP identificado) no período de três meses da campanha. O IP (Internet Protocol) é uma espécie de impressão digital do computador.
Segundo um funcionário, que não quis se identificar, Galdino foi alertado, no mês de julho, que estaria agindo ilegalmente, mas se recusou a ceder uma sala comercial que mantém como "base" na Avenida Marechal Deodoro, temendo que seus custos de campanha fossem muito altos (ele declarou gastos de apenas R$ 2.920,00). No cadastro, entregue ao TRE-PR, Galdino informa "erroneamente" que o endereço seria sua residência, o que de acordo com o funcionário é falso. "Ele mora há 10 anos em um quitinete na Rua Dr. Faivre, o que pode ser facilmente comprovado".
Em reunião convocada pelo vereador, ainda durante a campanha, ele apontou como solução uma cotização dos funcionários para que alugassem um espaço comercial no centro. Na mesma reunião, ele fez um apelo direto à servidora Eliane Schuster, que é assistente pessoal do vereador (responsável pela entrega de marmitas em seu apartamento e por lavar e passar seus jalecos), para que assumisse a responsabilidade pelo aluguel do comitê eleitoral. Eliane foi nomeada como Assistente Técnica Parlamentar II, com salário de R$ 8,4 mil, para assessorar o vereador nas cinco comissões permanentes da Casa, mas nunca compareceu às reuniões semanais.
No ofício a ser protocolado, os ex-funcionários pretendem ainda denunciar a ilegalidade praticada pelo vereador ao se utilizar da estratégia de nomear dois servidores sem função específica no gabinete, na véspera do período eleitoral, para depois exonerá-los durante a campanha, o que configuraria crime de prevaricação. Estes funcionários assumiram a tarefa de pedalar os dois triciclos de campanha de Galdino. Um deles teria sido vítima de tiros de espingarda de sal e levado pedradas devido à insistência do parlamentar em só fazer campanha após as 18 horas. O motivo dos ataques, segundo moradores do prédio aonde Galdino reside, seria o "jingle irritante" que o parlamentar exigia que fosse mantido em volume acima do que determina a lei.
Além da denúncia a ser protocolada, funcionários que ainda trabalham com o parlamentar no gabinete, estudam processá-lo por assédio moral e racismo. Galdino foi membro do grupo direitista "O Sul É Meu País" e teria sido financiado por um facção neonazista durante o período de oito anos em que estudou na Europa.
A denúncia inclui todos os textos e fotos enviados pela assessoria de imprensa e o arquivo de e-mails disparados de um dos terminais da Câmara (com IP identificado) no período de três meses da campanha. O IP (Internet Protocol) é uma espécie de impressão digital do computador.
Segundo um funcionário, que não quis se identificar, Galdino foi alertado, no mês de julho, que estaria agindo ilegalmente, mas se recusou a ceder uma sala comercial que mantém como "base" na Avenida Marechal Deodoro, temendo que seus custos de campanha fossem muito altos (ele declarou gastos de apenas R$ 2.920,00). No cadastro, entregue ao TRE-PR, Galdino informa "erroneamente" que o endereço seria sua residência, o que de acordo com o funcionário é falso. "Ele mora há 10 anos em um quitinete na Rua Dr. Faivre, o que pode ser facilmente comprovado".
Em reunião convocada pelo vereador, ainda durante a campanha, ele apontou como solução uma cotização dos funcionários para que alugassem um espaço comercial no centro. Na mesma reunião, ele fez um apelo direto à servidora Eliane Schuster, que é assistente pessoal do vereador (responsável pela entrega de marmitas em seu apartamento e por lavar e passar seus jalecos), para que assumisse a responsabilidade pelo aluguel do comitê eleitoral. Eliane foi nomeada como Assistente Técnica Parlamentar II, com salário de R$ 8,4 mil, para assessorar o vereador nas cinco comissões permanentes da Casa, mas nunca compareceu às reuniões semanais.
No ofício a ser protocolado, os ex-funcionários pretendem ainda denunciar a ilegalidade praticada pelo vereador ao se utilizar da estratégia de nomear dois servidores sem função específica no gabinete, na véspera do período eleitoral, para depois exonerá-los durante a campanha, o que configuraria crime de prevaricação. Estes funcionários assumiram a tarefa de pedalar os dois triciclos de campanha de Galdino. Um deles teria sido vítima de tiros de espingarda de sal e levado pedradas devido à insistência do parlamentar em só fazer campanha após as 18 horas. O motivo dos ataques, segundo moradores do prédio aonde Galdino reside, seria o "jingle irritante" que o parlamentar exigia que fosse mantido em volume acima do que determina a lei.
Além da denúncia a ser protocolada, funcionários que ainda trabalham com o parlamentar no gabinete, estudam processá-lo por assédio moral e racismo. Galdino foi membro do grupo direitista "O Sul É Meu País" e teria sido financiado por um facção neonazista durante o período de oito anos em que estudou na Europa.
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