quarta-feira, novembro 24, 2010

Déficit nas contas do Paraná em 2011 pode chegar a R$ 1,5 bilhão


O cálculo é da equipe de transição do governador eleito Beto Richa, que apresentou nesta quarta-feira (24) um diagnóstico da situação financeira do Estado e do Orçamento para 2011.

O coordenador da equipe de transição de Richa, Carlos Homero Giacomini, disse que a situação econômica do Paraná é preocupante.

O relatório foi elaborado com informações entregues pela equipe de transição do atual governo, complementadas por uma equipe de 44 técnicos. Até o momento, de 165 informações requisitadas ao atual governo, aproximadamente 70% das respostas foram enviadas.

Giacomini afirmou que a equipe de transição do governador Beto Richa encontrou uma série de inconsistências na proposta orçamentária encaminhada pelo governo atual à Assembleia Legislativa do Paraná. Por isso, foi apresentado um conjunto de propostas à Lei Orçamentária, com emendas aditivas no valor de R$ 202 milhões, para cobrir despesas em áreas como saúde, educação, agricultura, meio ambiente, trabalho e assistência social.

Entre as preocupações da equipe de Beto Richa está a perspectiva de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, decorrente de decisões de gastos nos últimos meses de 2010 do atual governo. Essas medidas podem deixar o Estado sem recursos em caixa no Tesouro Público para cumprir compromissos a serem pagos já no começo de 2011.

A equipe de transição também manifestou preocupação com a dificuldade do atual governo para pagar o 13º salário do funcionalismo estadual. Os levantamentos iniciais indicam que o atual governo dá sinais de que, para obter os recursos, tentará antecipar receitas, de acordo com Giacomini.

O relatório parcial da equipe de Beto Richa aponta ainda que na área da saúde há insuficiência do estoque de medicamentos da farmácia especial, que deve durar apenas até fevereiro de 2011, e não há previsão de empenho para os meses a partir de agosto de 2010. E que faltam condições para atendimento em hospitais públicos, existência de dezenas de hospitais inaugurados semi-acabados, com inadequações de ordem estrutural, insuficiência de equipamentos e precariedade de quadro de pessoal, da ordem de 4.000 profissionais de diversas categorias.

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