“Aqui ninguém entra e daqui ninguém sai”, não, não é a música de Cazuza dos anos 80, antes fosse. Este é o retrato de uma população assustada e clamando por solução num dos maiores impasses agrários do Brasil. As autoridades não conseguem agir ou se entender aos muitos impasses.
Todas as entradas e saídas do município estão interditadas, as PRs 473 e 484 que ligam Quedas do Iguaçu as cidades vizinhas, estão tomadas por manifestantes, desta vez, trabalhadores (as) da Araupel. Temendo pelos seus empregos os funcionários da florestal se misturam aos da fábrica e apoiados por prestadores de serviços, fazem o protesto ficar cada vez maior, o mesmo já entra no segundo dia, para completar, as notícias vindas de lá não são animadoras, os manifestantes querem a todo custo uma solução para o impasse envolvendo a empresa e os sem terras.
Aliás, o local com maior tensão é justamente o trecho na saída da cidade para Salto Osório, por lá os acampados do Projeto 4 e Assentados do Celso Furtado só podem passar a pé, o mesmo acontece com quem vem do interior pioneiro as saídas estão fechadas.
Agora pouco um pequeno incidente aconteceu entre os manifestantes quando um acampado (ou assentado não se sabe ao certo), tentou passar com gasolina, como havia fogo sob a pista (maravalha e pneus) os manifestantes não permitiram a passagem.
O manifesto já começa a provocar transtornos aos usuários das rodovias os viajantes, por exemplo, são prejudicados, na PR 484, tiveram de enfrentar a chuva fina e levar as malas.(foto)
Outra informação em algumas escolas municipais do interior não haverá aulas e pelo menos uma das creches, a da Pindorama está com atendimento comprometido.
A empresa está paralisada também deste ontem.
As ações desencadeadas pelas invasões promovidas pelo MST (Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) somam prejuízos de milhões de reais para a Araupel.
Marcos Pina
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