De um lado, a tristeza por aqueles que se vão. Do outro, a alegria pela vida que começa. No Paraná, a cada morte que é registrada, outras duas pessoas estão nascendo. Em Curitiba, o índice é de cinco nascimentos para cada duas mortes. É o que aponta levantamento feito com base nos Sistemas de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) e sobre Mortalidade (SIM), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS).
A taxa de crescimento da população, embora ainda seja expressiva, vem se reduzindo ano a ano, com o aumento no número de mortes e a redução no total de nascidos vivos. Em 1996, a cada morte no Paraná, outros quatro nascimentos eram registrados. Em Curitiba, a relação era de um óbito a cada três nascidos vivos. Até 2013 (último dado disponível), no entanto, o total de nascimentos no estado havia registrado queda de 20,71%, enquanto o de mortes subiu 29,51%. Na Capital, a variação foi menor, mas também significativa: redução de 16,46% no número de nascidos vivos e alta de 14,14% no total de óbitos na comparação de 1996 com 2013.
A queda no número de nascimentos começou a ser mais sentida a partir dos anos 2000. Até 1999, a média era de 190 mil nascimentos por anos. Em 2001, esse valor já estava abaixo de 170 mil. Desde 2006, no entanto,o total de nascidos vivos se mantém estável, na casa dos 150 mil por ano. Já o aumento na taxa de mortalidade começou a se intensificar a partir de 2002. Até então, o Paraná registrava uma média anual de 55 mil mortes. Dois anos depois, esse valor já havia passado de 60 mil, e desde 2006 vem crescendo consecutivamente.
Na prática, essas variações representam uma forte queda na taxa de crescimento vegetativo. Em 1996, a diferença entre os nascimentos e as mortes era de 142.435 no Paraná e 20.883 na Capital. Em 2013, já havia caído 39,8% no estado, para 85.828, e 29,6% na Capital, para 14.705. Isso acontece porque a população envelhece em ritmo acelerado.
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