Câmara dos Deputados - Deputada Federal Leandre Dal Ponte faz um relato comovente da sua luta em prol da saúde pública
A parlamentar sensibilizou todos os presente ao relatar os enormes desafios que enfrentou, desde o momento em que decidiu abraçar a causa da saúde pública e enfrentar as mazelas que a acompanham, se unindo de corpo e alma a milhares de brasileiros que lutam diariamente pela simples oportunidade de continuar vivendo.
Leandre falou da sua experiência, quando tinha apenas 19 anos de idade, como Secretária Municipal de Saúde de uma pequena cidade do Paraná. Mesmo com muito pouco conhecimento na área, a não ser a experiência de quem nasceu em uma família pobre, com onze irmãos, e viveu e presenciou a inexorável rotina de madrugar em grandes filas para conseguir um atendimento, Leandre não se intimidou quando se viu diante do enorme desafio que assumia.
A deputada lembrou que, apesar dos inúmeros obstáculos, haja vista que no município não havia hospital, nem médicos, nem enfermeiras, mas apenas uma auxiliar de enfermagem e alguns poucos funcionários práticos sem formação, logo que assumiu o cargo tratou de aprender o máximo possível sobre o assunto e, quando se viu, já estava apaixonada pela área e com a certeza de que aquela seria a principal missão da sua vida.
“Fiz um levantamento minucioso do município e comecei a fazer um planejamento de longo prazo, ousando sonhar com coisas que, para aquela época, só caberiam mesmo em um sonho: como implantar, no ano de 1997, naquela pequena cidade, uma das primeiras equipes de Saúde da Família do Brasil. Realmente era como um sonho ter um médico morando na cidade para cuidar daquelas pessoas”, disse Leandre, lembrando, porém, que na época, em função da falta de estrutura do município, era obrigada a encaminhar a maioria dos pacientes para a capital do estado para realizar o tratamento.
“Inúmeras foram as pessoas que desistiram dos tratamentos por não suportarem a distância e o sofrimento de terem que enfrentar, muitas vezes sozinhas, no pior momento de suas vidas, num perambular de rodoviárias e hospitais, albergues ou favores de parentes, sem o mínimo de apoio e estrutura para permanecer na capital e levar o tratamento até o fim. Tratamento que na maioria das vezes demorava meses, até mesmo anos”, ressaltou.
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