domingo, setembro 04, 2011

PT mantém política ampla de alianças para 2012

O PT manteve para as eleições municipais de 2012 a possibilidade de alianças com todos os partidos da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff, e impediu apenas a formação de chapas com DEM, PPS e PSDB, apesar de várias emendas pedirem mais restrições às alianças.

A discussão da tática a ser adotada nas eleições municipais foi travada neste domingo durante o 4o Congresso Nacional do partido, em Brasília, e o presidente do PT, Rui Falcão, comemorou a manutenção da política ampla de alianças.

"Nós aprovamos uma tática eleitoral e uma política de alianças que prevê coligações amplas com os partidos da base aliada do nosso governo", disse o petista.

A manutenção pode ser considerada uma vitória do comando partidário, já que uma das emendas apresentadas, por exemplo, pedia que só fossem feitas alianças com os partidos de esquerda e centro-esquerda, o que gerou uma interpretação de Falcão como tentativa de exclusão do PMDB na construção de alianças.

"Nas entrelinhas (dessa emenda) está a exclusão do PMDB. Quando se coloca esquerda e centro-esquerda se exclui o PMDB, nosso principal aliado nas eleições municipais", discursou Falcão antes da reprovação da emenda.

Outra emenda proposta previa que as alianças petistas deviam ser prioritariamente com PSB, PCdoB e PDT, mas ela também foi rejeitada pela maioria.

A aliança com o Partido Social Democrático (PSD), recém lançado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, até então uma das principais lideranças do DEM, foi alvo de resistência entre os petistas durante o Congresso.

Mas a emenda que tentava impedir a coligação em 2012 entre PT e PSD não foi votada por falta de quórum e será analisada pelo diretório nacional do PT.

A resolução política aprovada pelo partido também pede "medidas ousadas" para garantir a redução dos juros e conter a desvalorização cambial. E neste domingo, os petistas acrescentaram uma emenda ao texto final enaltecendo a decisão do Banco Central de reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual na última quarta-feira.

"Saudamos a recente decisão de baixar a Selic... na expectativa de que a tendência declinante não seja interrompida, a fim de que se possa chegar ao final do primeiro mandato da companheira Dilma com taxas que desestimulem a especulação financeira", diz o texto.

O PT pede ainda que sejam incentivados novos "instrumentos financeiros" que complementem a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos financiamentos de longo prazo, mas não especifica quais mecanismos devem ser adotados.

Ainda na questão econômica, o PT defende que o Brasil se articule com os demais países emergentes "para instituir mecanismos efetivos de regulação financeira e combate à guerra cambial", diz o texto básico aprovado.

O partido também aprovou moção de apoio a um marco regulatório das comunicações. De acordo com o presidente da legenda, o PT defende que haja uma regulamentação que favoreça a diversidade de versões e impeça a chamada propriedade cruzada de meios de comunicação.

No sábado, durante a discussão da reforma do estatuto do partido, foi aprovada uma limitação ao número de mandatos legislativos que os petistas podem exercer a partir de 2014.

Pela nova regra, vereadores, deputados estaduais e federais ficarão limitados a três mandatos, enquanto senadores ficam restritos a dois mandatos consecutivos.

"Nós estamos dando um exemplo de como pode ter rotatividade, e não duração permanente de mandatos, que cria a carreira do chamado político profissional", afirmou Falcão.

Via Gazeta do Povo

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