terça-feira, julho 19, 2011

Após investigação, Alep quer reduzir 50% dos gastos em aposentadorias


Noventa por cento dos processos de aposentadorias de servidores da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que foram analisados por uma auditoria contratada, apresentam alguma irregularidade. Ao todo, são 302 aposentadorias. Na maioria dos casos, o servidor aposentado recebe valores acima do que deveria.

Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (19), a diretoria da Assembleia Legislativa do Paraná divulgou detalhes da investigação que começou em fevereiro deste ano. Foram encontrados casos de funcionários que progrediram na carreira, assumiram novos cargos, com salários mais altos e se aposentaram, sem registro em ficha funcional, como deve ser em qualquer empresa pública ou privada. O Tribunal de Contas do Paraná não tem o registro de todas as aposentadorias.

A investigação também questiona a forma em que 20 procuradores foram promovidos. A maioria ocupava o cargo de consultor legislativo assumiu cargo de procurador, alguns deles, até mesmo depois de aposentados. Em outros casos, o procurador não tinha nem o registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que é imprescindível para exercer atividade jurídica.
O relatório final sobre a investigação deve ser entregue ao Tribunal de Contas, pelo presidente da Casa, Valdir Rossoni, e ao atual procurador-geral da Alep, Luiz Carlos Caldas, na tarde desta terça. A ParanáPrevidência, que administra as aposentadorias do Estado, e o TC-PR devem decidir se haverá corte ou até mesmo a suspensão.

Em entrevista o presidente da Alep, Valdir Rossoni disse que não há um cálculo preciso sobre o valor gasto no pagamento das aposentadorias irregulares, contudo afirmou que agora haverá redução de 50% dos gastos. "Estamos pagando em torno de R$ 3,4 milhões por mês [em aposentadorias], deve ser reduzido, pelos nossos cálculos aproximados, em torno de R$ 1,7 milhão".

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