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Educadores Sociais do Cense de Laranjeiras do Sul entregaram carta denúncia a Fernanda Richa

Cense de Laranjeiras do Sul 


CARTA DENÚNCIA

Nós, Servidores do Centro de Sócioeducação Regional de Laranjeiras do Sul, viemos respeitosamente, por meio deste documento, comunicar e denunciar à Ilustríssima Secretária Fernanda Richa, a ocorrência de alguns fatos estranhos ao trabalho desenvolvido neste Cense, fatos estes que ocorreram e ainda ocorrem infelizmente neste Cense de Laranjeiras do Sul, tendo como protagonista o Sr Amarildo Rodrigues da Silva, atual diretor deste Cense, fatos estes que vem prejudicando de forma impactante a equipe de trabalho, que se sente atualmente desmotivada, reprimida e obrigada a acatar ordens e determinações muitas vezes não condizentes com o foco do trabalho socioeducativo.
Sabedores que, certamente não seja do conhecimento da Ilustríssima Senhora Secretária, julgamos ser de extrema importância informar a Vossa Senhoria, e demais órgãos competentes, sobre as práticas adotadas pelo Sr Amarildo, enquanto diretor do Cense Regional Laranjeiras do Sul.

     Salientamos que todos aqueles que demonstram capacidade crítica de reflexão no que tange o trabalho e ousam questionar as opiniões e procedimentos deste Sr., ou mesmo aqueles que requerem seus direitos enquanto Servidores Públicos, vêm sendo perseguidos e muitas vezes de formas ilegais sancionados.
Esta perseguição se manifesta através das formas mais vis, como ameaças de transferências para outras unidades, mudanças de turnos, reprimendas públicas, ameaças constantes de retaliação, orientações funcionais além de violar a dignidade humana, um dos mais nobres princípios assegurados na nossa Carta Magna.

     Gostaríamos, contudo, e antes de iniciarmos a exposição dos fatos que envolvem a nossa unidade e o diretor do Cense Regional Laranjeiras do Sul, destacar as práticas anteriormente exercidas pelo Senhor Amarildo quando o mesmo esteve a frente da Direção do Cense da cidade de Ponta Grossa. Neste o Sr. Amarildo deixou um rastro de terror e injustiças, bem como vários funcionários foram considerados insuficientes em seus estágios probatórios em razão da avaliação equivocada, ou seja, proposital do Senhor Amarildo em prejudicá-los, o que fez com que alguns perdessem o cargo conquistado pelo concurso público, fatos estes que passamos a expor:

     Fatos ocorridos em Ponta Grossa e anteriormente denunciados pela equipe daquele Cense ao Ministério Público que requereu imediatamente o afastamento do Sr. Amarildo, o que posteriormente ocasionou sua remoção para o Cense Laranjeiras.São alguns exemplos:
1)  Em março de 2008, numa reunião ordinária com a presença da equipe técnica, educadores, coordenação de segurança e direção, o Educador Social Alexsandro Damschi, que na época exercia as atribuições de Referência de Equipe, frente às graves falhas físicas estruturais observadas na unidade e que em muito comprometiam (e ainda comprometem) o trabalho, sugeriu que a equipe elaborasse um relatório de todos os problemas estruturais identificados na unidade, problemas estes que acreditamos que não deveriam existir, pois trata-se de uma unidade nova que custou aproximadamente 7 milhões de reais aos cofres públicos. Num primeiro momento o Diretor não descartou a elaboração desse relatório, mas alertou para as dificuldades para elaborá-lo e afirmou que as irregularidades, de um modo geral, não comprometiam o desenvolvimento do trabalho na Unidade. Como retaliação, no dia seguinte o citado educador foi retirado de sua equipe de trabalho e transferido para a casa de semiliberdade de Ponta Grossa. Tal procedimento foi utilizado como forma de impedir a elaboração deste relatório, o que de fato ocorreu. Ressaltamos que até o momento não foram realizados reparos na obra e que em dias de chuva as dependências da unidade se tornam um verdadeiro caos. Lembrando que apesar dessa situação prejudicar todos os funcionários, uma vez que prejudica diretamente o trabalho na unidade, é nítido que os que mais sofrem com a situação são os adolescentes que cumprem medida socioeducativa no CENSE/PG.

2)  Em Março de 2008 o educador social Danilo Carlos Bronoski foi transferido da casa de semiliberdade para o CENSE/PG além de também ter sido transferido do plantão noturno para o diurno, mesmo tendo sua matrícula confirmada em curso matutino na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Isso ocorreu devido a um relatório que o educador elaborou para a diretora da semiliberdade na ocasião, Ana Maria Grácia, relatando o consumo de drogas dentro da casa de semiliberdade, por parte dos adolescentes. Nessa ocasião o Sr. Amarildo disse as seguintes palavras ao educador: “Você tem que escolher: ou estuda ou trabalha, porque você não merece mais ficar no noturno”, fazendo menção ao relatório que o educador havia elaborado.


3)  Em agosto de 2008, o educador social Marcos Aurélio Alves de Lima, em reunião geral, com a presença da equipe de educadores, técnicos, coordenação de segurança e direção, solicitou orientação a respeito da legalidade de um procedimento de contenção realizado nesta unidade. Na ocasião, o educador relatou à equipe que não estava seguro e tampouco tranquilo quanto ao procedimento orientado, pois acreditava tratar-se de prática cruel, que em nada contribuía para o processo de socioeducação e poderia inclusive acarretar a responsabilização administrativa e criminal dos servidores que participassem de tais procedimentos de contenção. Este posicionamento irritou de forma profunda o diretor da unidade. Em público e diante de todos, o Sr. Amarildo Rodrigues da Silva assumiu o compromisso de elaborar, em conjunto com a equipe de educadores, um documento que descreveria o tal processo e pediria o posicionamento do setor jurídico da SECJ quanto a sua legalidade. Porém, logo após a reunião chamou o citado educador social para conversa reservada e em presença do chefe de segurança Sebastião Zanardini de Almeida, onde demonstrou toda sua indignação com o posicionamento do educador e declarou que apesar de ter assumido o compromisso de elaborar o documento e enviá-lo à SECJ não o faria. Nos dias subsequentes, como forma de retaliação, este educador social foi destituído de suas atribuições de Referência de Plantão, retirado de sua equipe e transferido de forma arbitrária para a casa de semiliberdade de Ponta Grossa.

4)  No dia 04 de março de 2009, em reunião com toda a equipe multiprofissional do CENSE/PG, iniciada pelo diretor da unidade autorizando a manifestação de todos com seus entendimentos e sugestões, discutiu-se o fato de, dias antes à reunião, sete adolescentes terem fugido da unidade. Na ocasião, a cirurgiã-dentista Alessandra de Souza Martins, participante da reunião, discordou do diretor da unidade quando esse afirmou que o fato teria sido algo isolado e que a unidade estava caminhando bem. A profissional cirurgiã-dentista disse que discordava porque algumas questões de segurança deveriam ser reavaliadas tais como: o número exíguo de educadores e a falta de câmeras de segurança. No dia seguinte, a profissional foi chamada à sala da direção, onde se encontrava o Sr. Amarildo Rodrigues da Silva e o Sr. Sebastião Zanardini de Almeida (chefe de segurança). Nessa ocasião, o diretor da unidade, que dias antes havia concordado e organizado a inauguração do consultório odontológico que ocorreria nos dias subsequentes à reunião, ordenou, de forma autoritária, que a profissional retirasse todos os cartazes que convidavam os funcionários para tal evento, pois o mesmo não iria ocorrer mais. Tal medida foi, segundo o próprio diretor, por punição às colocações da cirurgiã-dentista na reunião ocorrida no dia 04. Além disso, o mesmo determinou, como medida de retaliação, que a profissional deixasse de participar das reuniões do conselho disciplinar, conselho este composto por todos os departamentos existentes na unidade, inclusive o da saúde. Ressalta-se pois, que o conselho disciplinar passou, desde então, a não ter nenhum representante da área da saúde presente em tais reuniões, já que a cirurgiã-dentista é a única dessa área  que presta serviços no CENSE/PG.

5)  Na mesma reunião do dia 04 de março de 2009, a assistente social Luciana Pavowski Franco Silvestre também levantou questões relacionadas à segurança e à estrutura da unidade. A mesma também foi chamada, dias depois, na sala da direção e também lhe foi chamada a atenção por ter se posicionado dessa maneira na citada reunião. Em um outro momento, no mês de maio de 2009, a mesma assistente social, bem como outros membros da equipe técnica e educadores, manifestaram-se veementemente contra a legalidade  e os objetivos sócioeducativos de uma  determinação da direção referente ao modo de contenção de alguns adolescentes que se encontravam na triagem. A mesma foi chamada novamente à sala da direção na presença do Chefe de Segurança e de outra assistente social. Nesta ocasião o diretor afirmou que ela não servia para trabalhar no CENSE e que seus questionamentos serviam apenas para polemizar. Na ocasião, o diretor ainda disse que quem dava as ordens na unidade era ele, e cabia a nós apenas obedecê-las.

6)  Outros quatro educadores sociais que residem em Curitiba (Julio César Simões, Marcos Roberto Bueno, José Fernando Patrocínio e Marco Aurélio Marinho) e que se permanecerem no mesmo plantão conseguem administrar melhor os custos das viagens a Ponta Grossa, foram várias vezes punidos com trocas de plantão que sempre isolavam um ou outro educador desse grupo em plantões opostos aos demais educadores de Curitiba, o que prejudicava, e muito, suas permanências no CENSE/PG. Além disso, o diretor procedeu com corte de horários especiais para quem necessitava, ou seja, entrada 30 minutos mais tarde, e também para aqueles que necessitam estudar.

7)  No dia 22 de julho de 2009, a psicóloga Maria Mônica Negreiros foi convocada à sala da direção onde recebeu a ordem de se dirigir ao diretor do CENSE/PG apenas como “SENHOR AMARILDO”. Na ocasião, o diretor ameaçou processá-la caso essa não cumprisse sua ordem. Outros funcionários estavam presentes na sala a pedido do diretor, bem como uma assistente social, a pedido da psicóloga Mônica.

8)  No mês de Março de 2009 o educador social Julian de Freitas Salvan solicitou horário especial (das 12h às 0H) e este pedido foi aceito sob a justificativa de que era conveniente para o serviço, já que era necessário reforçar o plantão noturno após a fuga de sete adolescentes ocorrida em 28 de Fevereiro do mesmo ano. O educador realizou esse horário durante os meses de março, maio e parte de junho de 2009, uma vez que em abril estava em férias. Em junho de 2009 o educador solicitou à direção do CENSE/PG os documentos que legalizavam o corte das folgas dos educadores e que obrigavam os mesmos a realizarem horas extras de serviço. Assim que apresentou o requerimento teve o horário especial cancelado sob a justificativa de que era necessário um revezamento de educadores nesse horário. Ressalta-se que, até o momento, nenhum outro educador foi escalado para realizar o mesmo horário.

9)  Por fim, cerca de vinte funcionários foram recentemente avaliados como insuficientes em seu desempenho de estágio probatório pela Comissão Avaliadora de Estágio Probatório. Lembrando que a citada Comissão baseou-se preponderantemente na avaliação do diretor Amarildo Rodrigues da Silva e que esse sequer apresentou documentos que comprovem os motivos da ineficiência da maioria desses funcionários. “Coincidentemente”, em sua grande maioria, as pessoas consideradas insuficientes pelo diretor são justamente aquelas que em algum momento manifestaram opinião crítica frente a alguma atitude realizada pelo citado diretor.

10)         Nessa avaliação do estágio, o diretor da unidade chegou ao cúmulo de avaliar como insuficiente o educador social Vanderson Damião Pereira que em março de 2009 sofreu um acidente gravíssimo de motocicleta e teve de ser afastado, por ordens médicas, por um longo período. O diretor inclusive justifica sua “insuficiência” citando que essa é devido à grande quantidade de atestados apresentados pelo educador por ocasião do acidente.

     Em face desses e muitos outros fatos que ocorreram naquela cidade de Ponta Grossa, o Sr. Amarildo foi retirado de lá, porém, a ex-titular desta Secretaria, que na época era a Senhora Thelma Alves de Oliveira, não tomou nenhuma providência no sentido de chamar o Senhor Amarildo para a responsabilidade de suas ações, mas tão somente transferiu o mesmo para Laranjeiras do Sul, acreditamos no intuito de preservar o grupo de Diretores existentes à época e os acordos políticos.

     Ressaltamos que não tínhamos conhecimento algum dos motivos que alteraram diretores na época, pois mudança de diretores sempre foi uma prática comum dentro do sistema que trabalhamos. Somente após o Sr. Amarildo se exceder em algumas questões é que tivemos conhecimento dos atos que o mesmo havia promovido na cidade de Ponta Grossa e que passou então a promover em Laranjeiras do Sul.

    Para finalizar, sobre as questões de Ponta Grossa   e                passar às questões de Laranjeiras,    destacamos que, segundo informações de servidores do Cense de Ponta Grossa,  o Senhor Amarildo, alvo desta denúncia que ora formulamos, responde atualmente processo    crime por      abuso de poder, violência contra      interno, falsidade      ideológica (falsificar assinatura     de funcionário para     poder dar falta) além de     dezenas de processos por    assédio moral, oriundos      de sua passagem pela direção     do Cense Ponta Grossa.

     Estes acima descritos são apenas alguns exemplos ocorridos em Ponta Grossa citados em denúncia formulada pelos servidores do Cense/PG.

Passamos agora a expor apenas alguns exemplos ocorridos em nosso Cense Laranjeiras do Sul, e que observe-se, vem ocorrendo a cada dia com mais frequência e maior intensidade, e casos comparados com os ocorridos em Ponta Grossa e notável a semelhança da conduta do Senhor Amarildo em suas gestões.

     O diretor, Sr. Amarildo emitiu uma determinação, dando conta que atestados médicos deveriam ser entregues num prazo máximo de quarenta e oito horas pelos servidores. A educadora social Eliane Schlichting, que mora a 140 km, precisamente na cidade de Cascavel e aqui presta serviços, trouxe certa ocasião, por um lapso de memória, nas primeiras vinte e quatro horas passadas, ao invés do atestado, a receita médica do seu filho de quatro anos. Visto o equívoco, a mesma se prontificou a enviar por fax a cópia, ou mesmo entregar no seu plantão posterior, o que foi aceito tanto  pelo Referência de segurança Senhor Jeferson Diok como pelo Referência de Plantão Senhor Agnaldo Silva,  todavia posteriormente quando foi entregar o atestado foi-lhe dito que não seria aceito fora das quarenta e oito horas por ordem do Senhor Amarildo, mesmo tendo a educadora relatado que foi autorizado pelos Referências. Tal atestado foi entregue, portanto, não com quarenta e oito, mas após 72 horas, mesmo assim foram computadas as duas faltas a servidora. Ocorre que no final de 2010, abriu-se um processo seletivo para remoção, em que um dos critérios era justamente o menor numero de faltas. A educadora Eliane perdeu sua vaga por possuir estas duas faltas, sendo que outros funcionários, em situação idêntica, entregaram atestados médicos fora deste prazo sem ter-lhes sido computadas as faltas, um exemplo claro de benefício somente para alguns. Ressaltamos que anterior a isto, a mesma educadora social já havia sido alvo do Senhor diretor, quando pediu para utilizar brevemente o telefone da unidade para falar com a médica de seu filho, e lhe foi respondido pelo Senhor Amarildo que ali não era a casa da mãe Joana. Bem como a  mesma tentou argumentar e foi interpelada com grosserias, fato este assistido por várias pessoas do Setor Administrativo do Cense. Envolvendo a mesma Educadora Social houve outro fato onde o Senhor Amarildo solicitou ao Senhor Jeferson Referência de segurança do Cense na época para mudá-la de plantão no intuito somente de prejudicá-la uma vez que esta e mais três servidores se deslocavam juntos de Cascavel a Laranjeiras para diminuírem suas despesas, fato o que não foi acatado pelo Senhor Jefersom o que provavelmente acarretou posteriormente sua destituição do cargo de Referência de segurança de maneira estranha o que ocasionou também a solicitação dos demais referências de plantão para saírem de seus cargos visto que não concordaram com a atitude do Senhor Amarildo.
     É frequente, aliás, situações com servidoras do sexo feminino que trabalham em setores próximos à sala do diretor, após terem contato com o mesmo, serem flagradas aos prantos, pois as reprimendas são públicas e utilizados termos chulos, palavras de baixo calão e de forma agressiva, o que faz com que as servidoras, sabidamente mais frágeis a este tipo de abordagem, acabem por encontrar no choro ou as vezes em dias e dias de atestados médicos até passar um pouco da vergonha e desconforto, a coragem para continuar cumprindo suas funções.

     Fato ocorrido no mês de abril de 2011, educador social Favler Luciano Trapp Faccio, que trabalhou todos os dias do seu plantão no mês, com provas materiais disso (livros ata transcritos pelo referido educador, registro das câmeras que mostram seus horários de chegada e saída) mesmo assim foram anotadas na folha ponto, três faltas consecutivas. Tal fato foi justificado pelo diretor em razão de que a folha de frequência não estava assinada pelo referido funcionário. Ressalte-se que não havia folha de frequência nesses dias, pois é fato corriqueiro as folhas serem levadas para a sala do diretor e devolvidas dias após, bem como em início de mês demoram cerca de uma semana para serem confeccionadas e levadas aos funcionários. Devido estes fatos o funcionário relatou nas observações de sua folha ponto que o mesmo trabalhou nos dias onde estavam riscados a caneta, e após isto o referido diretor abonou as faltas.

     Fato semelhante ocorreu com o educador Cleverson Gidarini, pois este solicitou ao referência de plantão  Senhor Rubem para se ausentar de dois plantões durante cerca de duas horas para realizar horas aula de autoescola, o fato foi autorizado pelo referência Rubem pois o educador Cleverson se prontificou em repor estas horas, porém quando o senhor Amarildo teve conhecimento do fato mandou aplicar duas faltas ao educador Cleverson, o que mesmo após vários servidores testemunhas do fato terem explicado a situação ao Senhor Amarildo este não retrocedeu em sua atitude. Cabe salientar que o educador Cleverson realizava atividades com os adolescentes fora de seu horário de trabalho, ou seja em seu dia de folga e nunca cobrava horas para isso, além disso mantinha em funcionamento a Rádio Cense o que depois deste fato e mais outros não conseguiu mais motivação para continuar desenvolvendo estes trabalhos.

     No Cense Laranjeiras o educador Leanderson Minikoski mantinha em funcionamento a horta realizando oficinas com os adolescentes fora de seu horário, o que hoje não acontece mais devido a irresponsabilidade do Senhor Amarildo e suas atitudes depreciativas para com os educadores deste Cense.

     Fato ocorrido as 08h e 30 min da ultima sexta feira mês de maio 2011 no refeitório da unidade, enquanto educadores sociais tomavam seu desjejum matinal em horário de intervalo de suas funções, o Senhor Amarildo chegou no refeitório, e interpelou de forma desrespeitosa os educadores que ali se encontravam, sobre o que os mesmos estavam fazendo ali. Os educadores tentaram explicar dizendo que estavam tomando café e que naquele momento, conforme o próprio cronograma de atividades não estavam escalados para nenhuma função e que justamente estavam ali aguardando que os referências de equipe os chamassem. O Senhor Amarildo não aceitou as explicações e expulsou os mesmos do local e a partir desta data emitiu uma determinação estipulando horários fixos para uso do refeitório. Tendo várias funcionárias do serviço de copa e cozinha presenciado o fato de abuso cometido pelo Senhor Amarildo para com os educadores.
    

Atitudes como estas descritas acima, e que podem ser verificadas a qualquer momento junto aos funcionários vítimas de tais desmandos eram comuns.

O ponto estressor da relação entre direção e equipe foi o  advento do ultimo pleito eleitoral ocorrido no final do ano passado, quando o sr. Amarildo passou a pressionar de forma sistemática servidores a aderirem aos candidatos que o mesmo apoiava (candidato derrotado ao governo do estado, bem como chapa fechada dos seus candidatos a deputados estaduais e federais) Segundo justificativa do mesmo à época, era uma orientação vinda da Sede da SECJ.

A partir deste ponto, passamos a expor de forma geral a ocorrência de outras ações do Sr. Amarildo, para não alongar demais a leitura do presente documento, no entanto ressaltamos que todas estas informações podem ser verificadas junto a equipe de servidores deste Cense.
1*População dos arredores amedrontada com frequentes bateções de grade por parte dos internos, coisa que nunca ocorreu antes da vinda do Senhor Amarildo em quatro anos que o antecedera;

2*Uso do cargo para obter favores com funcionários;

3*Alguns poucos funcionários podendo somar horas de viagens, o que os demais não podem sequer compensá-las com folgas;

4*Interpelação de funcionários quando da entrega de atestados médicos, colocando em dúvida e constrangendo estes servidores;

5*Frequentes ameaças de internos contra educadores sociais devido a perda de autoridade por conta dos novos métodos de trabalho implantados pela direção;

6*Uso do cargo para impor suas metas pessoais perseguindo e ameaçando aqueles que não apoiam as mesmas;

7*Frequentes brigas e agressões entre adolescentes, o que tem gerado insegurança na equipe;

8*Inutilização de livros ata para acobertar situações de abuso de poder;.

9*Negar-se em dar despacho a documentos rotineiros;

10*Dar fim a documentos entregues, para criar subterfúgio contra funcionários, exemplo acima, consumir folha de frequência para dar falta;

11*Desentrosamento completo com a equipe, utilizando-se de ameaças de transferência ou advertências como forma de intimidação.

12*Na gestão anterior, não apenas o Cense Laranjeiras, mas as demais unidades do estado receberam como forma de doação laboratórios de informática em um convênio estabelecido com a empresa Petrobrás. Educadores Sociais foram capacitados para ministrar aulas práticas e teóricas, foram dispendidos recursos para instalação dos equipamentos em sala específica e teve grande resultado junto aos internos, num programa amplo de inclusão digital. Atualmente tais equipamentos (computadores novos) desapareceram do local onde estavam, sendo que as pessoas que perguntaram sobre o paradeiro dos mesmos, ou questionaram o desaparecimento desses computadores não receberam nenhuma informação até a presente data. A sala que foi destinada a tal programa, é utilizada para outras finalidades, sendo que toda a instalação feita encontra-se depredada e os educadores sociais que receberam a capacitação em momento algum foram consultados e temem que, se questionarem, poderão sofrer represálias por parte do diretor;

No final de 2010 foi realizado pela SECJ concurso de remoção de funcionários, onde tivemos colegas prejudicados devido a faltas computadas indevidamente, o que ocasionou perda de vaga. Tais fatos estão protocolados junto ao RH da SECJ, que informalmente se pronunciou contra as atitudes do atual diretor, no entanto, devido ao corporativismo existente na época, nenhum procedimento foi aberto, ficando colegas prejudicados e inconformados.

Funcionários que foram autorizados ausentar-se por alguns minutos, receberam faltas integrais de seus dias trabalhados, tendo estes tentado dar explicações e sequer foram ouvidos.

Funcionários que jamais faltaram ao trabalho aparecem com faltas computadas em sua ficha junto ao RH do estado.
Informações sobre situações de crise (tentativa de rebelião) são omitidas da equipe que realiza a segurança do Cense pelo referência de segurança e pelo Senhor Amarildo.

Objetos perfurocortantes encontrados em inspeção de ambientes, ao alcance dos internos, sendo que nenhum tipo de procedimento é instaurado para averiguar responsabilidades.

Material de informática doado pelo Provopar em  condições de uso, foi descartado em local inadequado, junto com o lixo da unidade,. numa demonstração clara de desrespeito no trato com o bem público.

     Em setembro de 2010, a antiga SECJ recebeu denúncias da imprensa, bem como de autoridades constituídas, a exemplo dos vereadores Julio Cesar Lemes e Mario Seibert da cidade de  Cascavel e vereador Toni Mattos de Laranjeiras do Sul,  expressas através de ofícios, dando conta de situações como essas que expomos acima contra o senhor Amarildo, contudo, nunca recebemos devolutiva alguma sobre o assunto, tampouco foi aberto qualquer procedimento administrativo no sentido de averiguar tais denuncias.
     Afora tudo isso, o Senhor Amarildo foi denunciado na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná pelas mesmas razões acima expostas, (http://www.youtube.com/watch?v=7hpsSHyQmRI)  e mais uma vez os seus superiores mantiveram o silêncio como ferramenta de protecionismo.

Entendemos que denunciar as falhas, práticas abusivas e ilegais, assim como posicionar-se de forma crítica  e sugestiva frente ao trabalho desenvolvido no Centro socioeducativo constitui-se num dever de todo os Servidores Públicos.

Entendemos ainda, que superiores hierárquicos devem proteger aqueles que são vítimas de injustiças, e não dar proteção aos que as cometem, fatos estes claramente observáveis na conduta da ex-secretária Thelma e alguns membros que a apoiavam na época, pois caso contrário, problemas como esses não estariam ocorrendo novamente, tendo como protagonista alguém que apenas está repetindo o mesmo comportamento outrora adotado em outra unidade.

     Não podemos mais aguentar. Chegamos ao nosso limite. Tampouco devemos aceitar como sujeitos de direitos e deveres, conscientes de nosso papel como Servidores Públicos, este tipo de conduta, originada dentro de uma visão errônea dos princípios que norteiam o gestor público.

O Assédio Moral como o Bulling são crimes e devem ser banidos de nossa sociedade, e aqueles que os exercem devem ser punidos com todos os rigores da lei, para que possamos assim, realmente avançar na direção de uma sociedade mais justa.

     Como podemos propiciar um desenvolvimento social, psicológico e educativo a adolescentes, se nós mesmos temos ameaçada a possibilidade de realizar nosso trabalho com dignidade?
     Por fim, cabe ressaltar, que o clima organizacional desta unidade está seriamente comprometido, a equipe de trabalho não confia na direção e teme pelas consequências que este desajuste possa causar, tanto no que tange a sócioeducação quanto no que tange as questões relativas à segurança de adolescentes e funcionários.

Portanto, expressamente, requeremos ações imediatas por parte dos superiores hierárquicos desta Secretaria de Estado, autoridades competentes para cuidar do caso, no sentido de sanar de uma vez por todas tais problemas, salvaguardando assim a qualidade do processo socioeducativo e a integridade física e sobretudo psicológica da 
equipe multiprofissional.

     Abaixo assinam os Servidores do Cense Laranjeiras do Sul. Os educadores que se encontram em estágio probatório  não foram incluídos nesse documento para evitar  casos semelhantes aos que ocorreram em Ponta Grossa. 


Abaixo matérias relacionadas

Educadores do Cense reuniram-se com Fernanda Richa em Curitiba


Diretor do Cense de Laranjeiras do Sul é novamente denunciado


Diretor do Cense de Laranjeiras do Sul já foi denunciado anteriormente por funcionários, relembre o caso

http://olhoabertopr.blogspot.com/2010/09/diretor-do-cense-de-laranjeiras-do-sul.html


Assédio Moral - Tadeu Veneri


  

Comentários

Anônimo disse…
e não tem um homem lá pra dar um pau neste jaguara?zl
Anônimo disse…
quem tem que dar um pau nele é a Fernanda Richa...

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