A vingança contra a família Richa pode também estar movendo a revista IstoÉ na nova incursão denuncista no Paraná. Em 2002, em plena campanha eleitoral, a revista publicou matéria apontando suspeitas, que foram provadas inverídicas, em movimentações financeiras do ex-governador José Richa, pai de Beto e Pepe Richa. A família Richa entrou com uma ação de reparação por danos morais e ganhou da IstoÉ em todas as instâncias. A revista tem que pagar R$ 313 mil, à título de indenização, dívida ainda não saldada.
Em 2010, IstoÉ enfrentou processos por publicação de pesquisa falsa que dava a vitória das eleições no governo do Paraná para o então candidato de Gleisi Hoffmann (PT), o então senador Osmar Dias (PDT). A Justiça Eleitoral reconheceu o crime eleitoral e a publicação teve de ser retirada do site. A eleição foi vencida por Beto Richa (PSDB) no primeiro turno. Já em uma de suas capas de 2012, intitulou Gleisi e Paulo Bernardo (Comunicações), seu marido, como o "Casal mais poderoso da República". Seu editor chefe em Brasília, Paulo Moreira Leite, é um ferrenho defensor dos mensaleiros José Dirceu e Delúbio Soares, presos atualmente na Papuda.
Na sua última edição, a revista se esmerou em trazer nova matéria com a emergente mineira Ana Cristina Aquino, a qual já havia desqualificado em duas outras reportagens de outubro e novembro passados. Notadamente as suspeitas do uso político da revista recaem sobre autoridades petistas. Na edição com Ana Aquino, o governo federal tem sete páginas inteiras de anúncios (quatro da Caixa Econômica Federal, duas dos Correios e uma do Banco Brasil). No mercado publicitário, o valor dessas páginas podem chegar a R$ 1,5 milhão.
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