O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) disse, em nota divulgada nesta quarta-feira, que “vê com perplexidade” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que libertou o ex-ministro Paulo Bernardo.
“O Grupo de Trabalho formado pelo Ministério Público Federal em São Paulo para atuar na Operação Custo Brasil vê com perplexidade a decisão monocrática do ministro Dias Toffoli que concedeu habeas corpus de ofício para o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações, Paulo Bernardo, preso preventivamente no último dia 23 de junho”, disse nota.
Segundo o grupo, com a decisão, o ministro suprimiu instâncias que ainda iriam tomar conhecimento do caso e sequer ouviu a Procuradoria Geral da República para tomar a decisão. A nota cita o fato de o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP), por exemplo, não ter conhecimento de qualquer pleito semelhante vindo da defesa do ex-ministro.
“O grupo envidará esforços para que a PGR busque reverter referida decisão. De qualquer forma, as investigações continuarão, em conjunto e de maneira coordenada pelas instituições interessadas, com a mesma isenção com que foram conduzidas até o presente momento”, afirmou o grupo.
A nota é assinada pelos procuradores Silvio Luis Martins de Oliveira, Andrey Borges de Mendonça, Rodrigo de Grandis e Vicente Solari Mandetta.
Por volta das 19h30min desta quarta-feira, Paulo Bernardo ainda estava preso na sede da Polícia Federal em São Paulo, aguardando a comunicação oficial de sua soltura. Ele soube da decisão de Toffoli pela TV da carceragem, no fim da manhã desta quarta-feira.
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