Dentre os alvos de mandados de busca e apreensão e condução coercitiva da Operação Riquixá, do Grupo de Atenção Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), contra fraude em licitações do transporte público em, ao menos, quatro cidades, estão os membros das famílias Gulin e Constantino, cujas empresas são detentoras dos contratos de transporte em Guarapuava, Foz do Iguaçu, Maringá e Brasília, além dos ex-prefeitos de Guarapuava, Fernando Ribas Carli, e de Foz do Iguaçu, Paulo MacDonald Ghisi, que administravam as cidades na época da licitação.
O coordenador do Gaeco, procurador Leonir Battisti, explicou que, neste momento, foram alvo de mandado de prisão preventiva as seis pessoas diretamente responsáveis pelas fraudes nas licitações. “As pessoas presas são vinculadas à organização desta fraude, não aos empresários beneficiados, mas os que efetivamente fraudaram o processo licitatório moldando as concorrências para beneficiar as empresas”, disse.
O Ministério Público também recolheu documentos, computadores e celulares nas casas e escritórios dos empresários. O procurador adiantou que eles poderão ser denunciados por organização criminosa, crime contra a economia popular, crime contra a ordem econômica e corrupção.
Segundo o procurador, os grupos agem ou em parceria ou dividindo mercado, participando com empresas que no fundo pertencem a eles mesmos e que são complexamente divididas na sua propriedade. “O aspecto principal é que as empresas contratadas para modelar a concorrência e observamos que essas empresas também tinham relação com esses dois grandes grupos. Essas licitações eram dirigidas para que essas empresas ganhassem o contrato com o poder público”.
Comentários