domingo, fevereiro 23, 2014

Política:Dilma cai até 13 pontos no Ibope

Pesquisa indica que metade dos brasileiros não confia na presidente Dilma 
A avaliação da presidente Dilma Rousseff (PT) caiu até 13 pontos conforme pesquisa Ibope divulgada neste sábado, 22, pelo jornal “Estado de S. Paulo”. No geral, entre “bom” e “ótimo”, a avaliação do governo Dilma diminuiu de 43% para 39% entre dezembro e fevereiro.  A maior queda ocorreu no Norte/Centro Oeste (de 45% para 32%). No Sudeste, a taxa foi de 38% para 33%, nas regiões Nordeste (52% para 51%) e Sul (46% para 44%). 
Com esse refluxo, a avaliação positiva do governo voltou aos níveis observados entre agosto e novembro, quando oscilou entre 37% e 39%. Antes disso, a taxa havia sofrido um tombo, passando de 55% em pesquisa Ibope de junho para 31% em julho. Entre esses dois levantamentos ocorreu a massificação dos protestos de rua nas principais cidades do País. 
Além de avaliar o governo como um todo, o Ibope pesquisou também a opinião dos brasileiros sobre o desempenho pessoal de Dilma na Presidência. Sua conduta é aprovada por 55% e desaprovada por 41%. Em dezembro, a taxa de aprovação era de 56%. 
Não confia - O percentual dos eleitores que confiam na presidente também pouco se altera: 50%, contra 52% em dezembro. Os que não confiam na petista agora representam 45% da população, quatro pontos percentuais a mais em relação à última pesquisa. 
Na divisão do eleitorado por escolaridade, a queda na aprovação se concentrou na faixa com curso superior (de 35% para 26%). No outro extremo, entre os que estudaram até a 4.ª série, a variação foi de 54% para 50%. A pesquisa revela ainda que, quanto mais jovens os eleitores, mais eles são críticos em relação ao governo. Entre aqueles com menos de 25 anos, a aprovação à gestão da presidente é de apenas 35%. Entre os que têm 55 anos ou mais, a taxa chega a 45%. 
O governo é mais bem avaliado nos municípios menores. A aprovação é de 52% nas cidades de até 20 mil habitantes e de 36% nas que abrigam mais de 100 mil moradores. Nas capitais, palco principal das manifestações do ano passado, apenas 35% veem o governo como ótimo ou bom. No interior, a taxa sobe para 42%. 
O levantamento do Ibope entrevistou 2.002 eleitores em 141 cidades. Como a margem de erro é de dois pontos porcentuais, a aprovação ao governo pode estar entre 37% e 41%. No levantamento anterior, de dezembro, poderia se situar entre 41% e 45%. 
Olho
Nas capitais, apenas 35% veem o governo como ótimo ou bom 
Brasileiro rejeita
‘Copa das copas’
A proposta da “Copa das copas”, mote da presidente Dilma também sofre abalo na pesquisa do Ibope. A maioria dos brasileiros é a favor do mundial no Brasil: 58% versus 38% que são contra. Porém, a população fica dividida quando avalia se a Copa trará benefícios para o país. Os que acreditam que o evento vai trazer benefícios somam 43%, enquanto os que esperam prejuízos totalizam 40%. Outros 13% acham que não haverá benefícios nem prejuízos. 
Há divisão em relação aos sentimentos positivos e negativos sobre o evento. A soma dos sentimentos positivos supera os negativos em apenas nove pontos percentuais. Pelo lado positivo, os mais citados são alegria (29%) e orgulho (22%), percentuais que sobem para 42% e 31%, respectivamente, entre os que avaliam o governo federal como ótimo ou bom. 
Pelo lado negativo, as principais menções são para desperdício (28%) e preocupação (27%), que sobem para 44% e 32%, respectivamente, entre os que consideram o governo federal ruim ou péssimo. 
Gastos com dinheiro público/prejuízo financeiro/dívidas e segurança são, na opinião dos brasileiros, os maiores desafios para o país sediar com sucesso o evento, citados, cada um, por 25% dos entrevistados. Desorganização é mencionada por 15% da população e protestos, por 11%.  
Sobre esse tema, seis em cada dez brasileiros (60%) acreditam que as manifestações contra a realização da Copa no Brasil vão aumentar até o início do torneio. Quase metade da população (47%) acredita que a imagem do Brasil no exterior ficará mais positiva após sediar a competição. Outros 37% acham que ficará mais negativa e 12% acreditam que vai permanecer igual.

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