Em tempos de baixa popularidade e crise econômica, com atrasos em repasses para programas como o Minha Casa, Minha Vida, o governo Dilma Rousseff acelerou pagamentos às centrais sindicais - tradicionais motores de mobilização popular, ligadas a partidos políticos. Dados obtidos pela reportagem mostram que, entre janeiro e abril deste ano, já foram transferidos R$ 166,6 milhões às seis entidades habilitadas a receber uma parte do que é arrecadado com o imposto sindical no País. O tributo é recolhido de trabalhadores com carteira assinada. O montante é 66% maior que o pago no mesmo período de 2014 (R$ 100 milhões) e já quase chega ao que foi transferido ao longo de todo o ano passado (R$ 180,1 milhões). As informações são da Agência Estado.
O polêmico repasse de dinheiro às centrais começou em 2008, por meio de lei autorizada pelo ex-presidente Lula. Desde 1943 até aquele ano, apenas sindicatos, federações e confederações recebiam. Nos últimos 7 anos, as centrais obtiveram dos governos petistas, ao todo, R$ 1 bilhão.
A entidade mais contemplada é a CUT, ligada ao PT. Maior central do País, com 2,7 mil sindicatos filiados e mesmo fazendo oposição ao repasse, a CUT abocanhou mais de R$ 340 milhões desde 2008. Em segundo lugar há uma briga acirrada entre a Força Sindical e a UGT. Entre 2008, quando o repasse do dinheiro começou, e 2012, a Força Sindical foi favorável aos governos de Lula e Dilma. O quadro mudou a partir de 2013, com o afastamento político do ex-presidente da central, o deputado Paulinho da Força, que fundou o Solidariedade, partido do qual é presidente nacional. Paulinho é um dos principais entusiastas do impeachment da presidente Dilma. A Força recebeu neste ano R$ 40 milhões, patamar pouco superior aos R$ 37 milhões obtidos pela UGT.
Além disso, o governo também incluiu no bolo a Central de Sindicatos Brasileiros (CSB). Ligada ao PMDB, a CSB apoia a presidente Dilma e contou com ajuda do ministro do Trabalho, Manoel Dias, para obter o registro. A CSB recebeu este ano R$ 6,9 milhões.
A entidade mais contemplada é a CUT, ligada ao PT. Maior central do País, com 2,7 mil sindicatos filiados e mesmo fazendo oposição ao repasse, a CUT abocanhou mais de R$ 340 milhões desde 2008. Em segundo lugar há uma briga acirrada entre a Força Sindical e a UGT. Entre 2008, quando o repasse do dinheiro começou, e 2012, a Força Sindical foi favorável aos governos de Lula e Dilma. O quadro mudou a partir de 2013, com o afastamento político do ex-presidente da central, o deputado Paulinho da Força, que fundou o Solidariedade, partido do qual é presidente nacional. Paulinho é um dos principais entusiastas do impeachment da presidente Dilma. A Força recebeu neste ano R$ 40 milhões, patamar pouco superior aos R$ 37 milhões obtidos pela UGT.
Além disso, o governo também incluiu no bolo a Central de Sindicatos Brasileiros (CSB). Ligada ao PMDB, a CSB apoia a presidente Dilma e contou com ajuda do ministro do Trabalho, Manoel Dias, para obter o registro. A CSB recebeu este ano R$ 6,9 milhões.
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