O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni, marcou para o próximo dia 26 uma reunião com os deputados que compõem uma comissão especial da Casa para analisar a situação dos afetados pela construção da Usina do Baixo Iguaçu, na região de Capanema, no Sudoeste do Estado.
O comunicado foi feito durante a sessão plenária desta quarta-feira (20), que contou com a presença de alguns agricultores que seriam prejudicados.
Após a reunião com os deputados, Rossoni pretende conversar com os responsáveis do grupo Neoenergia. “É um caso delicado e que a Assembleia tem tratado com preocupação. Sabemos da importância da usina, mas os moradores da região não podem sofrer as consequências. A Assembleia vai participar ativamente desse processo para amenizar o sofrimento das pessoas envolvidas”, disse Rossoni.
Segundo o presidente do Movimento dos Atingidos por Barragens, Hélio Meca, a negociação entre a empresa responsável pela construção está complicada. “Os moradores não querem sair de suas áreas porque o valor proposto é muito baixo. Vamos perder nossas terras e não teremos condições de comprar outras.”
Fazem parte da comissão os deputados Nelson Luersen (PDT), Ademar Traiano (PSDB), Caíto Quintana (PMDB), Professor Lemos (PT) e Nereu Moura (PMDB).
Histórico
Em maio deste ano, uma reunião entre a Associação dos Atingidos da Hidrelétrica do Baixo Iguaçu (ADAHBI) e os representantes do grupo Neoenergia – Geração Cerro Azul foi realizada na presidência da Assembleia para discutir as indenizações. Na época, o presidente Rossoni determinou a criação de uma comissão composta pelos deputados para acompanhar o processo, mas desde então, as partes não chegaram a um consenso entre os valores a serem pagos.
A Usina do Baixo Iguaçu afetará cinco municípios da região Sudoeste. Cerca de 400 famílias devem ser desapropriadas em Capanema, Capitão Leônidas Marques, Realeza, Planalto e Nova Prata do Iguaçu. A usina será a sexta hidrelétrica no leito do Rio Iguaçu e terá capacidade instalada de 350 megawatts (MW). A estimativa do consórcio Geração Céu Azul, responsável pela obra, é que a usina entre em operação em 2016.
Via Sonia Maschke / Jaime Santorsula Martins / Ass. de Comunicação da Presidência
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