“O Paraná vive uma situação invejável. Em um momento em que parte do Brasil entra em combustão, enfrentando protestos violentos por conta da alta das passagens dos ônibus, 27 cidades paranaenses baixaram o preço das tarifas por causa dos subsídios concedidos pelo governo do Estado que foram direcionados pelos prefeitos para baratear as tarifas”. A declaração é do deputado Ademar Traiano (PSDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, ao analisar os protestos contra os preços de passagens de ônibus que explodem em capitais brasileiras.
“A situação do Paraná poderia ser ainda melhor se o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, justamente a cidade que mais recebeu subsídios (R$ 0,45 por passagem, somando subsídios diretos do governo do Estado, isenções de tributos estaduais, federais e municipais), não estivesse tão irredutível em sua disposição de não reduzir o preço das passagens”, disse Traiano. O deputado avalia que, com essa intransigência, não se pode descartar que Curitiba também venha a enfrentar uma escalada de protestos.
Para Traiano, Fruet tem condições de reduzir o preço das passagens de Curitiba e região metropolitana, sem produzir qualquer desequilíbrio no sistema. “A tarifa técnica, da passagem de Curitiba e região metropolitana, calculada pela própria prefeitura de Curitiba, é de R$ 3,11. Cada passagem, na capital e região metropolitana, recebe R$ 0,45 de subsídio (somando R$ 56,6 milhões diretos dados pelo governo do Estado mais isenções de tributos estaduais, federais e municipais). Com isso a passagem poderia cair dos atuais R$ 2,85 para R$ 2,66”.
“O prefeito e as empresas de ônibus, fizeram a opção de entesourar uma gordura de R$ 0,19 por passagem (um total de R$ 47,5 milhões anuais) em lugar de direcionar esse benefício para a população. É uma decisão administrativa com a qual os curitibanos podem não concordar”, advertiu Traiano.
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