O agente penal não respondeu à maioria parte dos questionamentos, alegando não lembrar dos detalhes na data do crime. Segundo os advogados, Guaranho “teve perda de memória” em razão das agressões sofridas, como chutes na cabeça, no tórax, além de disparos de arma de fogo. A defesa afirma que há atestado médico confirmando a amnésia.
A justiça autorizou que os advogados de Guaranho apresentem argumentos por escrito, nas chamadas Alegações Finais. Depois disso, o juiz vai decidir se o agente penal vai a júri popular e quais as qualificadoras do crime. A expectativa é de que essa decisão seja tomada apenas em dezembro, devido à apresentação desses argumentos por escrito.
O agente penal está preso no Complexo Médico Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR). O depoimento dele foi realizado por videoconferência.
Em duas audiências de instrução anteriores –realizadas nos dias 14 e 15 de setembro– 13 testemunhas foram ouvidas, entre testemunhas da defesa de Guaranho e da acusação, incluindo a viúva do Guarda Municipal Marcelo Arruda, assassinado por Guaranho.
Guaranho é réu pelo assassinato de Marcelo Arruda. A denúncia do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, foi de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum. Segundo o MP do Paraná, a motivação do crime foi política.
Os defensores que representam a família de Arruda, afirmam, em nota, que “é necessário investigar a influência de terceiros, partícipes ou não, integrantes de grupos organizados ou não, que instigaram o assassino a agir de forma cruel contra Marcelo e as demais pessoas presentes, tendo como mote o ódio político”.
Marcelo Arruda foi morto durante festa de aniversário em que comemorava 50 anos, no dia 10 de julho de 2022. O evento tinha como tema o PT e o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Arruda era dirigente do partido em Foz do Iguaçu.
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