Delegado dá detalhes sobre ação dos marginais durante tentativa de assalto a empresa de transporte de valores em Guarapuava

Durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta feira (22 de abril), o delegado Rubens Miranda Junior, responsável pelas investigações da tentativa de assalto a empresa de transporte de valores, ocorrida no último domingo (17), em Guarapuava,deu detalhes sobre a ação dos marginais.

Segundo o delegado, a Polícia Civil foi acionada por volta das 22h20 do último domingo (17 de abril), para prestar apoio a polícia militar, pois estava havendo um ataque do 16º Batalhão. “Imediatamente todos os policiais que estavam na cidade foram acionados para realizar as primeiras análises, pois estavam circulando muitas notícias falsas nas redes sociais”.

Após os primeiros levantamentos, de imediato, foram deslocadas as equipes até a Polícia Ambiental, onde foi montado um QG para levantamento de mais detalhes. De acordo com o delegado, a ação dos bandidos teve início por volta das 22h30 e seguiu até às 00h00. “ Ação dos assaltantes foi encerrada por volta das 00h00, quando resolveram abortar o assalto em virtude da complexidade em que se depararam ao tentar invadir a empresa”.

Ainda segundo Rubens, os marginais trocaram tiros com os vigilantes e em seguida tentaram abrir o cofre, porém não conseguiram e resolveram abandonar a ação, pois eles tinham informações de que os policiais de fora e da reserva estavam chegando para prestar apoio. “Com base nestas informações e de que havia um blindado do exército que estava saindo para rua, eles resolveram fugir. Acredito que a informação de que o exército também estava se mobilizando acabou fazendo com que eles saíssem do local sem levar nada”.

Logo após a fuga as equipes policiais, começaram a armar o cerco na tentativa de pegar os assaltantes, além de todo um trabalho de inteligência das policias.

BUSCAS CONTINUAM

Segundo Rubens, essa é uma organização criminosa que transcende Guarapuava, o Estado do Paraná em ramificações muito provavelmente em vários Estados do país e isso caba dificultando o trabalho das policias. “ É um trabalho que demanda um certo tempo, não é uma situação que se resolva em algumas semanas, pode ser que leve meses ou até anos para que seja solucionado como um todo, mas acredito que em breve teremos a identificação e a prisão de alguns desses autores”.

Pela complexidade da ação a polícia acredita que a maioria dos envolvidos sejam de fora, porém pode haver participação de pessoas locais. Ainda segundo o delegado, nem todos os envolvidos estavam trabalhando na ação efetiva do crime, há participação de pessoas que estavam conduzindo as armas e informações.

“A cada dia que passa menor é a chance de encontrar os suspeitos pela região, mas tivemos notícias de que ao menos três deles estariam escondidos em região de mata nas redondezas, é por isso que não cessamos as buscas e não ieremos encerrar enquanto não tivermos resultados positivos”.

Segundo o delegado a Polícia Civil, separou parte efetivo para cuidar somente desta situação. “Estamos contando também com apoio do Cope, da PRF e outros órgãos, para que tenhamos êxito na prisão, se não de todos, pelo menos de boa parte dos envolvidos”.  

A polícia já tem alguns detalhes sobre como foi procedida a ação dos criminosos, porém para não atrapalhar na investigação não foram divulgadas à imprensa.   

Durante as buscas os policiais localizaram oito veículos de luxo abandonados pelos criminosos no distrito do Guará, pelo menos cinco deles são blindados, segundo a polícia.  

Fonte: Gmais Notícias