Foto:Auto Posto Rinaldi - Laranjeiras do Sul |
Os postos representam o último elo desta cadeia antes do consumidor final, e também o lado mais exposto. Mas são também o agente com menor poder econômico - e por consequência - menor poder de interferência na variação de preços. Conforme o Sindicombustíveis-PR já divulgou por diversas vezes, as empresas distribuidoras têm repassado os aumentos com agilidade, enquanto demoram ou não repassam as tendências de baixa.
Desde a entrada em vigor da nova política de preços da Petrobras, em 3 de julho de 2017, com a adoção de variações praticamente diárias, até o dia 23 de novembro, foram realizadas pela estatal 94 alterações nos preços da gasolina e 96 no diesel.
Na quarta-feira (22) e quinta, foram divulgados dois novos aumentos seguidos. Em dois dias, a gasolina subiu 7%. De julho até agora, a alta acumulada foi de 24,30% na gasolina e também de 24,30% no diesel. Este aumento, portanto, se deu nas refinarias da Petrobras, ou seja, na base da estrutura da comercialização de combustíveis.
Diante deste quadro, os postos têm sido frequentemente questionados para prestar esclarecimentos sobre os aumentos, quando na verdade estas explicações decorrem de políticas da Petrobras e das companhias distribuidoras. Os empresários da revenda de combustíveis sofrem com estes aumentos da mesma forma que o consumidor.
Preços mais altos inibem o consumo e a variação frequente prejudica o planejamento. Além disso, as alterações seguidas comprometem o capital de giro e a manutenção dos estoques.
Os postos são um dos maiores arrecadadores de ICMS e geram mais de 50 mil empregos diretos no Estado do Paraná.
O segmento deve, portanto, ser encarado com seriedade, e não é justo imputar aos postos o ônus pelos aumentos seguidos, que são determinados pela Petrobras e repassados pelas distribuidoras.
A culpa não é dos postos!
Sindicombustíveis-PR
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