Duzentos e cinquenta e seis cidades do Paraná estão atualmente sem delegado, de acordo com a Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (Adepol-PR). O número equivale a 64% do total.
Segundo a associação, a defasagem em relação a vagas é ainda maior: são 410 delegados em ativa no estado, frente a 780 vagas criadas por lei pelo governo — cada delegacia pode ter mais de um profissional do cargo.
"Temos delegados respondendo por cinco, seis municípios. Isso é um absurdo. Diante o caos que está a segurança pública no estado, principalmente na Polícia Civil, o piano está muito pesado para nós", comenta o vice-presidente da Adepol, Daniel Prestes Fagundes.
Para pressionar o governo a nomear mais delegados, a associação lançou nesta semana a campanha "Governador, cadê o delegado?", cujo slogan foi estampado em outdoors em Curitiba e Região Metropolitana.
"Se alguém acha que não precisa de mais delegados, é só olhar para os crimes que estão acontecendo nas ruas. Estamos em chamas, sem meios para trabalhar. E as vítimas somos nós próprios e os cidadãos comuns. Queremos sensibilizar o governo para nomear quantos delegados puder até o fim do ano", diz Fagundes.
A Adepol pede a convocação de ao menos 150 pessoas aprovadas em um concurso com edital aberto em 2013, válido até abril de 2018. Para o vice-presidente da associação, seria parte da solução.
"Ainda não é o ideal [a nomeação de 150], mas já ajudaria muito, na situação em que vivemos hoje. Algo precisa ser feito. Se o governador disser que vai nomear 50, já é um primeiro passo, um alívio. Cinquenta é melhor do que zero", afirma ele.
O que diz o governo
A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) admite que há falta de delegados, mas diz que trata-se de algo temporário. Segundo o governo, foram convocados 130 novos delegados desde o último concurso e tramita no governo um protocolo para o chamamento de outros 49.
A Sesp também ressalta que o efetivo cresceu 18% no estado, entre 2011 e 2017, de acordo com informações oficiais do Departamento de Polícia Civil. A Adepol, no entanto, diz que houve mais saídas do que isso, o que provocou a defasagem.
Veja a nota completa da Sesp:
"A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária informa que tramita no governo um protocolo sobre o chamamento de mais 49 delegados para a Polícia Civil. A contratação de novos profissionais é debatida permanentemente pela Sesp em conjunto com outras secretarias de governo, levando em consideração o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Importante destacar que o efetivo da Polícia Civil cresceu 18% em todo o Paraná, entre 2011 e 2017, de acordo com informações oficiais do Departamento de Polícia Civil. Em relação especificamente a delegados de polícia, após a realização de novo concurso público para a categoria, já foram convocados mais de 130 profissionais, que foram distribuídos para todas as regiões do Estado e já estão trabalhando.
A distribuição de delegados é feita com base nas sedes de comarcas, e não em todas as cidades, da mesma forma que o faz o Ministério Público e o Poder Judiciário.
Cabe ressaltar que os municípios sem delegados NÃO ficam sem atendimento, já que delegados de cidades próximas fazem o atendimento à população. Importante frisar que esta falta de delegados é temporária e se deve, entre outras coisas, aos processos naturais de aposentadoria."
Via G1PR
Segundo a associação, a defasagem em relação a vagas é ainda maior: são 410 delegados em ativa no estado, frente a 780 vagas criadas por lei pelo governo — cada delegacia pode ter mais de um profissional do cargo.
"Temos delegados respondendo por cinco, seis municípios. Isso é um absurdo. Diante o caos que está a segurança pública no estado, principalmente na Polícia Civil, o piano está muito pesado para nós", comenta o vice-presidente da Adepol, Daniel Prestes Fagundes.
Para pressionar o governo a nomear mais delegados, a associação lançou nesta semana a campanha "Governador, cadê o delegado?", cujo slogan foi estampado em outdoors em Curitiba e Região Metropolitana.
"Se alguém acha que não precisa de mais delegados, é só olhar para os crimes que estão acontecendo nas ruas. Estamos em chamas, sem meios para trabalhar. E as vítimas somos nós próprios e os cidadãos comuns. Queremos sensibilizar o governo para nomear quantos delegados puder até o fim do ano", diz Fagundes.
A Adepol pede a convocação de ao menos 150 pessoas aprovadas em um concurso com edital aberto em 2013, válido até abril de 2018. Para o vice-presidente da associação, seria parte da solução.
"Ainda não é o ideal [a nomeação de 150], mas já ajudaria muito, na situação em que vivemos hoje. Algo precisa ser feito. Se o governador disser que vai nomear 50, já é um primeiro passo, um alívio. Cinquenta é melhor do que zero", afirma ele.
O que diz o governo
A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) admite que há falta de delegados, mas diz que trata-se de algo temporário. Segundo o governo, foram convocados 130 novos delegados desde o último concurso e tramita no governo um protocolo para o chamamento de outros 49.
A Sesp também ressalta que o efetivo cresceu 18% no estado, entre 2011 e 2017, de acordo com informações oficiais do Departamento de Polícia Civil. A Adepol, no entanto, diz que houve mais saídas do que isso, o que provocou a defasagem.
Veja a nota completa da Sesp:
"A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária informa que tramita no governo um protocolo sobre o chamamento de mais 49 delegados para a Polícia Civil. A contratação de novos profissionais é debatida permanentemente pela Sesp em conjunto com outras secretarias de governo, levando em consideração o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Importante destacar que o efetivo da Polícia Civil cresceu 18% em todo o Paraná, entre 2011 e 2017, de acordo com informações oficiais do Departamento de Polícia Civil. Em relação especificamente a delegados de polícia, após a realização de novo concurso público para a categoria, já foram convocados mais de 130 profissionais, que foram distribuídos para todas as regiões do Estado e já estão trabalhando.
A distribuição de delegados é feita com base nas sedes de comarcas, e não em todas as cidades, da mesma forma que o faz o Ministério Público e o Poder Judiciário.
Cabe ressaltar que os municípios sem delegados NÃO ficam sem atendimento, já que delegados de cidades próximas fazem o atendimento à população. Importante frisar que esta falta de delegados é temporária e se deve, entre outras coisas, aos processos naturais de aposentadoria."
Via G1PR
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