Tem político ganhando R$ 30 mil de aposentadoria, enquanto o trabalhador recebe no máximo R$ 5,1 mil
É histórico: sempre que há uma crise econômica, o governo pensa em mexer na Previdência Social e endurecer as regras da aposentadoria, direito adquirido dos trabalhadores. Se as propostas que o presidente interino Michel Temer estuda apresentar – como a fixação da idade mínima em 65 anos – forem aprovadas pelo Congresso Nacional, vai ficar cada vez mais difícil para o cidadão conquistar o merecido descanso.
Enquanto isso, 461 ex-deputados federais e 54 ex-senadores recebem aposentadoria do extinto Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC), que tinha idade mínima de 50 anos e exigia carência de apenas oito anos de contribuição, além do exercício de oito anos de mandato; no Paraná, oito ex-governadores (além de duas pensionistas) recebem benefício vitalício de R$ 30.471,10 por mês, sem nunca haver pago contribuição e apenas por terem exercido o mandato. Chamam atenção outras disparidades, como o teto e o reajuste das aposentadorias de congressistas, que superam em muito os estabelecidos pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) para o trabalhador comum.
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