O Ministério Público Federal, no Paraná, informou ontem que ajuizou ação civil pública com pedido de responsabilização por atos de improbidade administrativa contra o Partido Progressista (PP), pelo recebimento de propina paga a políticos no esquema investigado pela operação Lava Jato. Como punição, o MPF cobra do partido o pagamento de R$ 2,3 bilhões, entre ressarcimento aos cofres públicos, danos morais e multas. Na ação, entre os políticos beneficiados, segundo o MPF, estão o deputado federal paranaense Nelson Meurer.
Meurer e seus dois filhos, Nelson Meurer Júnior e Cristiano Augusto Meurer já são réus no Supremo Tribunal Federal, sob a acusação de fazer parte do esquema montado pelo PP para se beneficiar do esquema de corrupção da Petrobrás. O grupo teria desviado R$ 357,9 milhões dos cofres da estatal, dos quais R$ 29 milhões teriam ficado com o parlamentar. Ele nega as acusações.
Na ação, afirma a Procuradoria da República, foi descrito o funcionamento de dois esquemas de desvios de verbas da Petrobras, um envolvendo contratos vinculados à Diretoria de Abastecimento, e outro referente aos benefícios obtidos decorrentes da atuação da Diretoria de Abastecimento em prol dos interesses da Braskem, empresa do Grupo Odebrecht, especialmente no contrato de comercialização de nafta entre a estatal e a referida empresa petroquímica.
Essas atividades ilícitas foram enquadradas nas três modalidades de improbidade, mas se pediu que sejam aplicadas as sanções mais graves, referentes às situações que geram enriquecimento ilícito, e subsidiariamente as demais sanções.
Fonte Bem Paraná
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