O Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba voltou a enfrentar uma situação limite e recorrente: o volume de corpos acumulados já superou em muito a capacidade de acondicionamento. A situação é considerada mais crítica na câmara fria – uma sala pequena adaptada com refrigeração –, onde cadáveres permanecem empilhados em prateleiras e até amontoados no chão. Um levantamento feito pelo Sindicato dos Peritos Oficiais do Paraná (Sinpoapar) a pedido da Gazeta do Povo aponta que 170 corpos sem identificação ou que não foram reclamados por familiares abarrotam o IML.
Para armazenar os corpos em condições ideais, o IML dispõe de 60 gavetas refrigeradas. Com a superlotação, foram colocados dois cadáveres na maioria de cada uma delas. Os demais são mantidos na câmara fria, que tem dimensões de cerca de dois metros por quatro metros. Ali, segundo o Sinpoapar, mais de 40 cadáveres estão empilhados, envolvidos em sacos plásticos pretos, com um número de identificação.
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