A denúncia da suposta compra de três lotes com uso de cheques da Câmara de Vereadores de Santa Tereza do Oeste se transformou em um inquérito civil instaurado hoje (25).
O relato que chegou à 7ª Promotoria, que cuida do Patrimônio Público, foi de que o presidente da Câmara, José Luiz de Freitas, teria adquirido três lotes de Iraci Renosto, "cujo pagamento foi feito por meio de três cheques da Câmara de Vereadores". A situação teria ocorrido em 2006 e os cheques teriam sido assinados por Marcos Cordeiro Pedro, então diretor da Câmara.
A justiça chegou a decretar a quebra do sigilo bancário das contas da Câmara em outubro de 2015. O MP relata, no entanto, que a quebra de sigilo bancário não surtiu efeito pois a documentação ainda não teria sido encaminhada à promotoria.
Soma-se a isso uma descoberta feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. Em diligências, o Gaeco descobriu que em um dos terrenos mora Adriana Marta da Silva, que disse que o lote foi adquirido de Zezinho (José Luiz de Freitas), há dez anos. Ela também relatou que o vereador teria adquirido o mesmo lote de Iraci Renosto por R$ 5 mil. O atual proprietário seria Gilmar Bigas.
Foi designada para o dia 4 de março a oitiva de Iraci Renosto, Marcos Cordeiro e de José Luiz de Freitas.
Entenda
O inquérito civil é uma fase inicial de investigação. Se houver indício de fundamento na denúncia, o MP poderá apresentar à Justiça uma Ação Civil Pública.
Outro lado
A reportagem procurou a assessoria da Câmara de Vereadores de Santa Tereza do Oeste, que afirmou que ainda não foi notificada sobre o inquérito e sobre a oitiva. A assessoria afirmou que verificará a situação para um posicionamento posterior.
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