O jejum continua. Não foi desta vez que Anderson Silva voltou a vencer oficialmente no octógono do UFC e o tempo sem sentir o gosto do triunfo já passa de três anos. Depois de duas derrotas para Chris Weidman e um triunfo anulado diante de Nick Diaz, que culminou em um escândalo flagra no exame antidoping, o veterano de 40 anos foi superado por Michael Biping no ginásio O2 Arena neste sábado (27) em duelo recheado de polêmicas.
Depois de passar os dois primeiros rounds abusando das brincadeiras, com guarda baixa, risos e andares despretensiosos, ‘Spider’ acusou um forte golpe no primeiro round e caiu um knockdown no segundo. No terceiro, ciente de que precisaria reverter a situação, o brasileiro partiu para o ataque e, mais ofensivo, recuperou o domínio do octógono. No final da etapa, quando o protetor bucal do inglês caiu e ele alertou o árbitro, Anderson seguiu batendo e anotou um knockdown com uma joelhada voadora e seguiu comemorando o triunfo.
No entanto, o golpe aconteceu junto com o soar do gongo e o juiz mandou a luta prosseguir, para delírio da torcida, que a essa altura fez do combate uma verdadeira guerra de nervos. No assalto seguinte, Anderson pareceu não imprimir o ritmo necessário e apenas esperou o rival atacá-lo junto à grade, em claro sinal de que achava que ganhava o confronto.
No quinto é último round, Anderson foi melhor, bateu mais e minou o adversário, que quase foi nocauteado com um chute frontal parecido com o aplicado em Vitor Belfort. No entanto, ao final do tempo previsto, todos os árbitros laterais não tiveram dificuldades em apontar o atleta dono da casa por decisão unânime.
Deixando de lado toda a rivalidade da semana anterior à luta, Anderson e Bisping se abraçaram no centro do octógono e trocaram palavras cordiais e respeitosas. No entanto, ao pegar o microfone, o brasileiro não poupou críticas ao resultado.
“Brasil, vocês viram,não tem o que dizer. A parada é a seguinte. Se não tem como vencer de um jeito, eles te tiram do outro. De vez em quando, é que nem no Brasil. Corrupção total”
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