quarta-feira, agosto 05, 2020

Justiça condena ex-vereador, ex-secretária de Saúde de Pato Branco e outras três pessoas por esquema de fraude em licitação

Réus foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) durante a Operação Hígia — Foto: Reprodução/RPC
A Justiça condenou cinco réus denunciados, pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), na Operação Hígia, que apura crimes contra a administração pública em Pato Branco, no sudoeste do Paraná, em processos de licitação da Secretaria Municipal de Saúde entre 2014 a 2017.

Na sentença, proferida na sexta-feira (31), o juiz Eduardo Faoro, da Vara Criminal de Pato Branco, condenou quatro réus pelo crime de fraude a licitação.

O quinto réu condenado, um ex-vereador, responde por concussão (cobrança de vantagens indevidas), pois teve conhecimento da irregularidade e exigiu o pagamento de R$ 10 mil para omitir-se da fiscalização. Todos podem recorrer da decisão.

Os réus foram condenados por combinar preços de materiais médico-hospitalares no valor de R$ 128 mil, em compra sem licitação, em 2017.

Faoro também determinou o pagamento de multa aos réus condenados e prestação de serviços à comunidade.

O réu Vanderlei José Crestani, que era secretário de Administração e Finanças à época, foi o único absolvido. Em 2017, com o andamento das investigações, Crestani foi exonerado.

Veja, abaixo, a condenação estabelecida a cada réu:

Marco Antonio Augusto Pozza - Ex-vereador de Pato Branco

Foi condenado pelo crime de concussão a quatro anos e quatro meses de reclusão, além de multa.

Antonieta Terezinha Chioquetta - Ex-secretária Municipal de Saúde

Foi condenada por fraude a licitação com pena de três anos e seis meses de detenção em regime aberto. A Justiça determinou ainda o pagamento de multa e prestação de serviços à comunidade.


Zeliane Camargo Lovatel - Funcionária da Secretaria Municipal de Saúde

Foi condenada por fraude a licitação com pena de três anos e três meses em regime aberto, além de multa e prestação de serviços à comunidade.

Adriana Chiocheta Rissardi e Valmir Luiz Chiocheta - Empresários

Condenados por fraude a licitação com pena de três anos e três meses em regime aberto. A Justiça determinou ainda que Adriana e Valmir paguem multa e prestem serviços à comunidade.

A defesa do ex-vereador informou que não há provas contra ele e recorrerão da decisão.

O G1 aguarda retorno das defesas dos demais réus.

Operação Hígia

A primeira fase da Operação Hígia foi deflagrada em maio de 2017, e a segunda fase em setembro de 2019.

Conforme o MP-PR, outras duas ações penais foram ajuizadas a partir da Operação Hígia. Uma delas, já julgada, resultou na condenação de três réus por crimes como corrupção ativa e homicídio culposo.

A outra, ainda em fase de instrução, tem como objeto crime de apropriação indevida de mais de R$ 500 mil, que teria sido cometido por um servidor e três ex-secretários municipais, segundo o Ministério Público.

Estão em andamento ainda diversos inquéritos policiais que apuram outros crimes praticados contra a administração pública de cidades da região.

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