“Esta é a situação lamentável do Paraná, que já foi orgulho de todos nós. Nosso Estado é um navio à deriva em alto mar, sem saber onde vai atracar”, disparou Nereu Moura. Em pronunciamento na tribuna, o deputado afirmou que a realidade hoje, é diferente daquela cantada em prosa e verso antes da reeleição. “A ilusão era grande, a mentira absurda e a situação, é perversa”.
O líder do PMDB lembrou que em outubro do ano passado, durante a campanha eleitoral, o governador Beto Richa registrou em cartório, que iria construir ou ampliar 20 novos presídios. Até hoje, o que existe é o início de duas intervenções – ampliação da Penitenciária Industrial de Cascavel e construção da Cadeia Pública e do Centro de Integração Social, em Campo Mourão.
As 20 obras previstas, casos fossem executadas, aumentariam em 60% o número de vagas existentes no sistema prisional do Estado. “É lamentável ver as condições sub-humanas que temos nos presídios e nas cadeias públicas, os cadeiões, do Paraná, por que não se abrem novas vagas”, relatou Nereu Moura.
“É fácil dizer que vai fazer, mas não diz de onde sai o dinheiro”, reforçou lembrando os constantes anúncios feitos pelo governador. O deputado lembrou ainda que, mesmo com o aumento de todos os impostos que são competência do Estado e com os saques da reserva da previdência dos servidores, o governo do Paraná diz que não tem dinheiro para fazer frente aos problemas existentes.
Poucos policiais e viaturas
Nereu Moura listou ainda outros problemas que afetam diretamente na baixa qualidade da segurança pública. “O Estado vive momentos graves, como a falta de agentes penitenciários, de policiais militares, de viaturas. Ponta Grossa, cidade com quase 400 mil habitantes só tem uma viatura da polícia funcionando, como foi relatado aqui já”.
Em relação ao efetivo de policiais militares, o parlamentar foi taxativo ao lembrar outro “compromisso” registrado em cartório na campanha eleitoral. “O governador Beto Richa prometeu que iria contratar 10 mil novos policiais neste segundo mandato. Não nomeou ainda os 1,5 mil que fizeram até o curso, já há mais de um ano”, concluiu.
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