O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), concedeu entrevista coletiva na tarde deste domingo (12) para comentar o atentado ocorrido na última sexta-feira, em que disparos foram efetuados no carro que atente a Presidência do Legislativo . O deputado reafirmou que vinha sofrendo ameaças e destacou que agora é o momento de botar os pés no chão e dar prosseguimento ao trabalho de moralização na Assembleia.
“Sempre procurei não falar nas ameaças que recebia, mas não tem como negar”, relatou Rossoni que admitiu que é freqüente o recebimento de telefonemas com xingamentos e intimidações.
O deputado disse temer pela família, já que, segundo ele, “se alguém fez alguma coisa desagradável à alguém, fui eu”, e que se fosse pela opinião dos familiares não teria assumido a presidência da Assembleia.
Rossoni acredita que o atentado ao veículo foi para dar um susto e fazer com que ele recue no processo de moralização e transparência da Assembleia.
“Nos últimos meses não faço outra coisa da minha vida. Tenho me dedicado dezoito horas por dia para conseguirmos consertar a Casa. Está difícil, parece que tem o capeta enterrado lá”, disse. “Não mudo nada daqui para frente, a vida e o trabalho continuam os mesmos. O que está feito está feito e o que precisa fazer será feito para terminarmos nosso projeto de uma Assembleia melhor”, completou.
O deputado disse não saber um motivo específico que possa ter gerado a ira de alguém, a ponto de atirar no veículo.
“Ninguém é mais autoridade que alguém. Tem que se ter o respeito. Será que temos que continuar com a mesma situação que estávamos?”, questionou. “Fica feio para todo mundo, para o Paraná, para o país. Isso não é bom para ninguém, nem para os próprios interessados”, concluiu.
Segurança
O chefe do Gabinete Militar da Assembleia, Tenente Coronel Arildo Dias, afirmou que as medidas adotadas para a segurança do presidente Rossoni, e também dos demais integrantes da Comissão Executiva, serão revistas. O tenente se deslocou até o local do atentado, mas as investigações ficarão a cargo da Polícia Civil.
Diante da experiência adquirida na Polícia, o Tenente descartou a hipótese de tentativa de assalto.
“Quem atirou não quis dar susto, quis ferir alguém”, relatou. “Quando a intenção é o assalto, você tem que parar o veículo, fazer uma abordagem. Ali foi um franco atirador que efetuou um disparo no veículo que estava passando”.
Loco após o incidente, o automóvel foi encaminhado à perícia da Policia Civil da cidade de União da Vitória. Por decisão do delegado o carro foi transferido para Curitiba e já foi periciado pelo Instituto de Criminalística. As investigações seguem a cargo da Polícia Civil.
Assessoria de Comunicação
Presidência - Assembleia Legislativa
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