sábado, maio 28, 2011

Ninguém quer prorrogar o pedágio, diz Nereu Moura

Em discurso inflamado na tribuna da Assembléia Legislativa, o deputado estadual Nereu Moura (PMDB) criticou uma possível prorrogação dos contratos das empresas de pedágio. Existe uma unanimidade de opiniões sobre o preço abusivo das tarifas cobradas pelas concessionárias. “Este é um débito do governador Requião, que, embora tenha falado a célebre frase ‘ou abaixa ou acaba’, não conseguiu cumprir a promessa, mesmo após ter movido uma série de ações na Justiça”. O parlamentar lembrou ainda que “o maior estelionato eleitoral foi quando o então governador Jaime Lerner, na véspera da eleição de 1998, reduziu a tarifa pela metade e, logo em seguida, autorizou um reajuste de 116% nas tarifas do pedágio. Isso foi um verdadeiro assalto a mão armada. Essa atitude prejudicou uma série de obras, como por exemplo, a duplicação da rodovia Cascavel a Medianeira”.

Entretanto, ao invés de ficar crucificando os ex-governadores Jaime Lerner e Roberto Requião e deixar o povo continuar pagando essa vergonha, Nereu Moura afirma que é necessário encontrar alternativas, debater, criticar e elogiar as boas atitudes que forem tomadas. “A responsabilidade não é só do governador, mas também desta Casa de Leis. Vamos discutir esta questão, aqui, na rua, em praça pública e em todos os lugares, pois me sinto na obrigação de defender os interesses do povo do Paraná”.

Por isso, o parlamentar é categórico ao afirmar que não vai concordar com a prorrogação dos contratos das empresas. “O pedágio está em quatro mil quilômetros de rodovias do Paraná, mutilando e assaltando a vida de quem as usa. Reduzir a tarifa com base na extensão do tempo de 12 para 27 anos é um absurdo. Se for verdade, isso seria saquear mais uma vez o nosso povo”. Nereu Moura lembra que Pessuti teve esta mesma idéia ao assumir o governo, porém os deputados condenaram tal projeto, o que fez com que ele desistisse. “Se for preciso, faremos o mesmo. Não vamos aceitar calados uma decisão como essa”.

O peemedebista explica que daqui a 12 anos os contratos vão terminar. Se o governador Beto Richa não convencer as concessionárias a reduzir a tarifa, porque esta é uma decisão bilateral, é mais viável deixar como está. E o novo governo poderá licitar as obras novamente e fazer um pedágio que seja condizente com o sentimento do povo do Paraná.

Para concluir, o parlamentar espera que o governador Beto Richa não repita os erros das gestões anteriores. “Queremos um Paraná para frente, progressista, com qualidade de vida, corrigindo os percalços que nós tivemos e dando uma condição de vida mais favorável à população”.

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