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Alvaro Dias declarou que o DEM já tinha lhe aceitado na vice de José Serra

Temos [com Beto Richa] uma relação partidária. Não há nenhuma ponte destruída.”

Na primeira vez em que comentou publicamente a confirmação da candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Paraná e a retirada do próprio nome como vice na chapa presidencial do PSDB, o senador Alvaro Dias preferiu não revelar os bastidores das negociações que definiram o quadro eleitoral no estado e no país. De acordo com o tucano, como “isso já é fato consumado, é preciso olhar para frente”. Ao longo da entrevista que concedeu à Gazeta do Povo, porém, Alvaro garantiu que o DEM já havia aceitado seu nome na vice de José Serra (PSDB) na disputa à Presidência da República e só teria voltado atrás ao receber a notícia de que Osmar disputaria o governo do Paraná.

Alvaro revelou ainda que, por razões familiares e de legislação, se manterá “distanciado” da campanha ao governo do estado. Segundo ele, para fortalecer o projeto de Serra, participará apenas da campanha do deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) ao Senado.

Como se deram as negociações entre as possíveis candidaturas do senhor e do seu irmão, o senador Osmar Dias?

Preferia não falar sobre esse assunto, porque acho que ele não é importante mais. É fato consumado. Temos que olhar para frente, pensar no que é prioridade para o país e contribuir, se possível, com o mínimo de grandeza, com o projeto do Serra.

Mas algum dos dois desistiu para o outro ser candidato?

O DEM havia concordado em apoiar o meu nome para vice. Isso só não se concretizou porque chegou a notícia da candidatura do Osmar e aí é que houve o recuo do DEM. Eles trabalharam a favor da unidade. O recuo só ocorreu em razão do fato novo do Paraná. Da minha parte, não tenho nenhum ressentimento do DEM.

Como está hoje a relação entre os senhores?

Os laços familiares são sólidos, inquebrantáveis. Não há nenhuma mudança em relação a isso. Se o Osmar quiser conversar sobre família, sobre futebol, podemos conversar a qualquer hora. Sobre política, só depois da eleição, porque ele está com a Dilma [Rousseff] e eu estou com o Serra. E esses dois projetos são distintos.

Qual será a posição do senhor nas eleições ao governo do Paraná?

Não posso apoiar o meu irmão em função da legislação eleitoral. A outra razão é política: apoiar o Osmar significa fortalecer o projeto da Dilma Rousseff (candidata presidencial do PT), que eu combato há quase oito anos. Seria uma incoerência dar força a esse projeto. Por outro lado, me sinto impedido de apoiar o Beto Richa (candidato do PSDB a governador), por razões éticas e familiares. Como a população entenderia eu apoiando um candidato contra o meu próprio irmão?

O senhor se manterá neutro no estado?

Não gosto da palavra neutralidade. Prefiro o distanciamento da campanha para o governo do estado, a menos que surja algum fato novo que justifique uma mudança.

Por exemplo...

Não posso avaliar hipóteses. Mas minha intenção é permanecer distanciado do projeto local até o final em favor do projeto nacional. O meu objetivo é contribuir da melhor forma possível para que o Serra seja eleito presidente da República.

Então, que tipo de participação o senhor terá na campanha no Paraná?

Vou participar da campanha do PSDB por meio da candidatura do Gustavo Fruet ao Senado, pela qual farei o maior esforço. Participarei ativamente da campanha dele, vinculada à campanha do Serra no estado. Como já disse, por razões de legislação de um lado e pelos laços de família do outro, estou afastado do pleito pelo governo do Paraná.

Há alguma divergência entre o senhor e o ex-prefeito Beto Richa?

Temos uma relação partidária. Não há nenhuma ponte destruída. É uma relação civilizada. Mas isso não é importante, e sim no que podemos ajudar para construir um projeto de nação.

No plano nacional, qual será sua atuação durante a campanha?

Vou participar ativamente como se eu fosse o próprio candidato, com o maior entusiasmo e dando a exata importância ao projeto de nação que o Serra lidera. Disse nesta semana ao senador Sérgio Guerra, (presidente nacional do PSDB), que o partido e o Serra me valorizaram, me prestigiaram ao máximo nesse episódio e que eu sou absolutamente leal a eles. Quero ser coadjuvante. Vou estar à disposição para cumprir missões. Pelo que eu ouvi do próprio Serra enquanto era seu vice, durante uma semana, a minha participação será pelo país afora, fazendo a sua pregação, multiplicando sua proposta. Imagino que a minha tarefa será externa e não burocrática.

Ficou alguma mágoa do Serra nesse processo?

O Serra foi absolutamente correto, leal e transparente em relação à sua posição. O que ele disse é absolutamente verdadeiro. Por essa razão, peço àqueles que ficaram com alguma dúvida em relação ao comportamento dele, que tenham certeza absoluta de que o comportamento dele foi irrepreensível nesse episódio. Vou participar da campanha sem nenhum ressentimento.

Como o senhor avalia a escolha do deputado Índio da Costa (DEM-RJ) para vice do Serra?

Foi uma questão partidária. A reivindicação do DEM era legítima, afinal eles sempre ocuparam esse lugar de vice. É bom destacar que em nenhum momento reivindiquei o lugar de vice. Foi uma decisão do partido e do Serra.

Foi um bom negócio trocar o senhor pelo Índio da Costa?

Não me cabe fazer essa avaliação. Eu seria suspeito ao falar pelo fato de ter sido envolvido nesse episódio. Não conheço o deputado Índio da Costa. O Lula não conhece, diz que o Serra não conhece e eu também não conheço. Foi uma indicação do DEM, que temos de assimilar. Imagino que ele deve ter virtudes, mas não posso descrevê-las porque não o conheço.

Via Gazeta do povo

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