Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em pelo menos cinco endereços. Na Prefeitura de Cascavel os trabalhos se concentraram no departamento de compras e na secretaria de finanças. Os policiais estavam em busca de editais, atas e contratos de processos licitatórios, notas fiscais e ordens de pagamento.
Na secretaria de Obras, além de documentos, os policiais apreenderam um computador, também foram cumpridos mandados na sede da empresa Ipcom, no centro de Cascavel e em residências.
O trabalho desenvolvido pelo Gaeco hoje é resultado de duas investigações paralelas comandadas pelo Ministério Público. Em uma delas o foco da investigações são as empresas da família do vice-prefeito Maurício Theodoro.
Segundo a denúncia feita ao Ministério Público, a Ipcom, empresa que pertence aos filhos do vice-prefeito mantém contratos com a Prefeitura de Cascavel desde 2010. Outra empresa da família e uma terceira empresa e o nome de um ex-funcionário também estariam sendo investigadas. O Gaeco quer descobrir se houve favorecimento nas licitações. Maurício Theodoro negou as acusações. "Não tem contrato. Já tiveram antes de eu estar na política", disse o vice-prefeito.
Maurício, os filhos e a esposa passaram a manhã na sede do Gaeco prestando esclarecimentos. Também estão sendo ouvidos os funcionários da empresa. Segundo o advogado que defende a família, a participação da empresa dos processos licitatórios do município devido ao vínculo familiar depende de interpretação. "Há doutrinadores entendendo que se pode fornecer mesmo que sendo parente de alguém que está na prefeitura. Mas no caso aqui não houve esse fornecimento".
A outra operação é comandada pelo promotor Sérgio Machado, que até o fim da manhã ainda estava em diligência. A informação é de que também se trata de um procedimento envolvendo contratos públicos.
Em nota a prefeitura de Cascavel informou que colaborou com as fiscalizações e que não vai se manifestar já que a investigação corre em segredo.
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