sexta-feira, dezembro 02, 2016

Penitenciárias trabalham no limite de suas capacidades


O diretor da Penitenciaria Estadual de Francisco Beltrão, Marcos de Andrade, disse que a unidade recebeu 629 presos transferidos só neste ano. O número já superou a quantidade de transferências de 2015, quando foram recebidos 628 detentos. Da microrregião de Pato Branco, o presídio recebeu 194 presos e da micro de Francisco Beltrão outros 220. "Fizemos 10 reuniões de transferência só neste ano, estamos com nossa capacidade no máximo e a prioridade são os presos da região, mas o número de prisões aumentou muito nos últimos meses." 

Na semana passada, o Jornal de Beltrão divulgou a situação do setor de carceragem da 5ª SDP, de Pato Branco, que tem capacidade para 44 vagas e estava abrigando naquele momento 217 detentos. O delegado Getúlio Vargas comentou que 60% dos presos são condenados e não deveriam estar na delegacia. De tão cheia a cadeia, os presos se revezam para deitar e dormir à noite.

Marcos reconhece o problema das cadeias públicas da região, que juntas abrigam 414 presos, mas observa que a penitenciária já está trabalhando com sua capacidade quase que na totalidade. 

A unidade tem capacidade para 1.160 presos e está abrigando 1.155, dos quais 795 são condenados, 170 presos do regime semiaberto, 137 provisórios e 53 que estão em tratamento de saúde no Complexo Médico Penal (CMP) em Curitiba e precisam ter a reserva de vaga quando retornam. Marcos observa que já foi autorizada a transferência de mais 23 presos da área de abrangência da 19ª SDP, "o que deverá superar a capacidade máxima de lotação da penitenciária". Na opinião dele, o sistema está no limite e o problema é a alta rotatividade de presos provisórios, que cometem pequenos crimes. São presos, soltos e logo na sequência voltam a delinquir e ficar presos. "Esses detentos acabaram retirando vaga dos presos condenados."

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