A Secretaria Estadual da Saúde participou nesta quarta-feira (24) da assembleia do Conselho Nacional de Secretários Estaduais da Saúde (Conass) e relatou a preocupação do Estado com os constantes atrasos na entrega de medicamentos, vacinas, soros e insumos pelo Ministério da Saúde. A superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide Oliveira, levou a Brasília o relatório de pendências do Governo Federal com o Paraná.
“Desde 2014, o Estado do Paraná, como os demais Estados do Brasil, vem sofrendo com a redução do número de doses de vacinas, soros e medicamentos enviados pelo Ministério da Saúde, o que vem causando desabastecimento e descontinuidade de tratamentos”, disse a superintendente.
Ela explicou que a Secretaria Estadual da Saúde vem adotando estratégias de remanejamento dos imunobiológicos e de otimização das doses para atender a demanda dos serviços de saúde na área de imunização, por exemplo, porém os constantes atrasos têm causado dificuldades em manter a oferta regular necessária para a cobertura vacinal indicada.
O Paraná também não tem recebido o volume solicitado do inseticida utilizado no combate ao mosquito Aedes aegypti. A compra do Malathion, usado no fumacê, é centralizada pelo Ministério da Saúde. Em dezembro de 2015, O Centro Estadual de Vigilância Ambiental solicitou 10 mil litros do inseticida e recebeu apenas 8 mil em 1º de fevereiro. Com o aumento do numero de cidades em epidemia, no dia 29 de janeiro já havia sido solicitado mais 16 mil litros, sendo que até esta quarta-feira (24) somente 4 mil litros havia sido entregue.
“Em momentos de epidemia, é inevitável utilizar a estratégia do fumacê para eliminar o mosquito adulto. O Paraná tem uma política rígida para liberação do fumacê, mas é importante que tenhamos o insumo para evitar o agravamento da situação em municípios com alta infestação e com grande circulação viral”, destaca a chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.
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