A extração do gás de xisto já está liberada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e muitas empresas já ganharam licitação para utilizar esse método em 29 municípios da região.
"Consideramos um avanço quando a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou o projeto que proibia por dez anos a extração do gás no estado, mas o artigo 3º (que dizia que a lei não seria aplicada aos estudos e pesquisas relativos à técnica de perfuração seguida de faturamento hidráulico) nos deixava preocupados", explicou o presidente do POD, Mário Costenaro.
Segundo Costenaro, a região se uniu e solicitou ao governador vetar o artigo. A justificativa é que, para realizar as pesquisas, seria necessária a perfuração seguida de fraturamento hidráulico e, com isso, poderiam ocorrer graves riscos ao solo e à água da região. "Mesmo na fase de estudo, os impactos podem ser irreversíveis. Experiências internacionais demonstram que os males provocados ao meio ambiente e a sociedade são inevitáveis", disse.
Para Elias Zydek, diretor executivo da Frimesa, outra apoiadora do POD, a atividade agropecuária, uma das principais riquezas da região, poderia ser seriamente comprometida sem o veto. "O faturamento hidráulico pode deixar nossas terras improdutivas e nossas águas contaminadas", disse.
Fracking
A retirada do gás do xisto do subsolo através do fracking consiste em perfurar um poço e injetar sob alta pressão uma mistura de água e substâncias penetrantes e químicas no terreno, o suficiente para fraturar a rocha e liberar o gás.
com Itaipu
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