A decisão do governo do Paraná de leiloar áreas de reflorestamento provocou a ira de alguns ambientalistas e a revolta do deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB).
“Incrível a proliferação de ‘especialistas’ que se consideram professores de Deus sem sequer estudar o assunto sobre o qual vão falar. Ou isso é inconsequência ou estão divulgando versões totalmente equivocadas, mas de uma maneira orquestrada”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa.
Rossoni disse que ouviu uma entrevista pelo rádio onde um ambientalista falou sobre araucárias, como se o governo estivesse vendendo florestas da árvore-símbolo do Paraná. “Ele pode entender de ecologia, mas não leu o edital de venda das áreas”, disse o deputado. Estava claro no processo de venda que o que está plantado nessas áreas são florestas de pinus e eucalipto. “Elas têm prazo para a venda pela idade. E essa hora chegou”, disse Rossoni. “Nunca foi falado em mata nativa, que tem de ser preservada por quem quer que seja. Se não preservar, é crime, está na lei”. O deputado defende a iniciativa do governo porque o custo de manutenção e segurança destas áreas é grande. “O estado tem que cuidar de saúde, educação, de segurança.”
Florestas de produção e proteção
Rossoni disse que não entende como os chamados especialistas não conseguem saber a diferença que existe entre florestas de proteção e florestas de produção. “As áreas onde antes era permitida a exploração econômica pelo Poder Público, continuarão a ser exploradas por seus novos proprietários. A venda destas áreas não dará qualquer direito de explorar economicamente as florestas chamadas de proteção. As áreas de proteção continuarão protegidas, conforme previsto na legislação ambiental federal e estadual”, esclareceu.
De acordo com o deputado, o Governo do Estado busca um melhor aproveitamento econômico de recursos disponíveis na natureza em conformidade ao princípio do Desenvolvimento Sustentável.
Sonia Maschke / Jaime Santorsula Martins - Assessoria de Comunicação da Presidência
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