Vem da pequena Saudade do Iguacu, cidade de cerca de cinco mil habitantes no sudoeste do Paraná, a primeira medalha do Brasil no taekwondo dos I Jogos Sul-americanos da Juventude Lima 2013. Competindo pela primeira vez em um torneio internacional, Eduarda Rodrigues Detogni, de 15 anos, ficou, neste domingo, dia 22, muito perto da medalha de ouro na categoria até 44kg. Após acertar um golpe a cinco segundos do fim do combate contra a colombiana Luz Cardenas e ficar à frente do placar, a brasileira distraiu-se e sofreu o empate. No golden score, pesou o emocional e a adversária acertou um chute que lhe valeu o título continental. Nada que tire o brilho do resultado deste promissor talento do esporte nacional.
Apesar da juventude e da pouca experiência internacional, Eduarda mostrou durante sua participação nos Jogos Sul-americanos da Juventude que a concentração e a determinação são características marcantes que a levaram à medalha. “Fiquei um pouco triste pelo resultado porque treinei bastante e fiquei muito perto da medalha de ouro, mas acontece. Foram pequenos detalhes que definiram a luta, mas no fundo estou feliz pelo segundo lugar. É uma grande vitória para mim, porque é minha primeira competição internacional”, reconheceu Eduarda, de 1,60m, que contou detalhes dos momentos decisivos do confronto contra a colombiana. “Na hora que eu fui comemorar o ponto que eu tinha marcado, eu abri o colete embaixo e ela marcou um também”, revelou.
Eduarda começou a praticar taekwondo aos nove anos de idade em um projeto social da prefeitura de Saudade do Iguaçu na escola onde estudava. Lá, conheceu seu professor, Gilberto, com quem treina até hoje. Começou a se destacar na modalidade e participar de competições regionais e nacionais. “Todos lá em Saudade do Iguaçu ficaram torcendo e me deram força para estar aqui. Quando eu chegar no meu colégio, um monte de gente estará me esperando”, comentou Eduarda.
A medalhista de prata está participando pela primeira vez de uma Seleção Brasileira. O expressivo resultado em sua estréia em competições internacionais a coloca com um dos promissores talentos a serem lapidados para o futuro do esporte nacional. “A Eduarda é uma menina extremamente obediente e determinada. Ela sabe o que quer. A obediência no taekwondo é muito importante e tudo o que foi falado para ela, foi seguido à risca. Vejo um potencial muito grande nela. O que ela fez aqui é uma vitória muito grande. É deste tipo de atleta que o Brasil precisa.”, acredita o treinador da Seleção Brasileira em Lima, Alberto Maciel Junior, que aconselha Eduarda a treinar ao lado dos melhores do país para evoluir ainda mais.
Crédito: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/Comitê Olímpico Brasileiro
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