Na grande maioria dos municípios paranaenses, as eleições se encerraram no dia 7 de outubro, quando a população escolheu os prefeitos que irão administrar as cidades pelos próximos quatro anos. Em 17 deles, contudo, ainda não há certeza sobre quem de fato irá assumir o governo. Mesmo com a oficialização do resultado e a diplomação dos eleitos, os novos administradores estão com seus cargos ameaçados por causa de processos que ainda correm na Justiça. Em quatro dessas cidades a situação é ainda mais grave. Elas começarão o ano sem um prefeito definido e sob o risco de uma segunda eleição ser convocada.
Na última quarta-feira terminou o prazo estabelecido pela legislação para diplomação dos prefeitos e vereadores eleitos em outubro. Em Colombo, na região metropolitana de Curitiba; Bituruna, na região Centro-Sul; Cambira, na Região Norte; e Joaquim Távora, no Norte Pioneiro, esse prazo se esgotou sem que os próximos administradores tenham sido oficializados. Isso porque os vencedores nas urnas tiveram suas candidaturas indeferidas pela Justiça eleitoral e dependem da apreciação de recursos nos tribunais para serem oficializados ou não no cargo. Como obtiveram mais de 50% dos votos válidos, caso a situação seja mantida será necessário fazer nova eleição.
Em Colombo, Beti Pavin (PSDB) foi a mais votada. No entanto, ela teve seu registro indeferido por conta da Lei da Ficha Limpa, pois teve suas contas rejeitadas por irregularidades quando administrou a cidade em 2001. Após ser derrotada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela aguarda o julgamento de um último recurso no plenário do TSE.
Em Bituruna, Catiane Rossoni (PSDB) não comprovou filiação partidária em tempo hábil e aguarda julgamento de recurso no TSE. O mesmo acontece em Joaquim Távora, onde William Ovçar (PSC) responde por irregularidades no período em que era prefeito. A prefeita reeleita de Cambira, Neusa Bellini (PSDB), está com recurso no TRE em ação por abuso de poder econômico. Nos quatro casos, quem assumirá a prefeitura interinamente em 1.º de janeiro será o presidente da Câmara Municipal.
Situação curiosa é a de Rio Branco do Sul, onde os dois primeiros colocados tiveram suas candidaturas indeferidas. O vencedor, Gibran Johnsson (PSC), foi inscrito na véspera da eleição em substituição ao pai, Amauri Johnsson (PSC), barrado pela Ficha Limpa. A manobra foi considerada irregular pela Justiça eleitoral. Já o segundo colocado, Valdemar Castro (PSDB), teve a candidatura cassada por uso indevido de meio de comunicação. Johnsson conseguiu efeito suspensivo assegurando sua diplomação e posse em 1.° de janeiro.
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