quarta-feira, agosto 21, 2024

Laranjeiras do Sul: Policial Militar é preso suspeito de escoltar carro de traficante na BR 277

Luiz Paulo Breda é policial militar — Foto: Reprodução/RPC

Vídeo mostra policial suspeito de escoltar carro de traficante para driblar fiscalização em rodovia do Paraná

Segundo PRF, motorista de carro com drogas fugiu enquanto policial conversava com a corporação durante abordagem. Luiz Paulo Breda foi preso em flagrante. Defesa dele afirma que fatos serão esclarecidos no processo judicial.

Vídeo mostra policial suspeito de escoltar carro de traficante para driblar fiscalização

Um vídeo registrado por uma câmera de segurança mostra Luiz Paulo Breda, policial militar (PM) do Paraná, chegando a um posto de combustíveis junto com um carro carregado com 50 kg de drogas. O local fica na margem da BR-277 em Guarapuava, na região central do estado. 

Outras imagens anexadas ao processo também mostram ele conversando com o homem que o acusou à polícia de ser "batedor" do carro com as drogas. Ele é suspeito de escoltar o carro do traficante para driblar fiscalizações policiais, e está preso. Em depoimento, optou por ficar em silêncio. Veja no vídeo acima.

O caso aconteceu na manhã de quinta-feira (15). Ao g1, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o setor de inteligência da corporação identificou que dois carros poderiam estar transportando itens ilícitos na rodovia e uma equipe localizou ambos parados no posto.

"À aproximação da equipe policial, um homem apresentou-se como condutor de um dos carros e informou ser Policial Militar. Enquanto isso, o outro veículo arrancou em direção à rodovia", explica a corporação.

Os policiais, então, perseguiram o carro que foi para a rodovia e, ao conseguir abordá-lo, encontraram mais de 50 kg de maconha.

Ainda de acordo com a PRF, o motorista foi preso por tráfico de drogas e informou que o carro de Breda realizava a função de “batedor” para o transporte; ou seja, escoltava o veículo para tentar driblar fiscalizações policiais.


Prisão
Breda foi preso no mesmo dia, em outro município — Foto: Arte RPC


A PRF afirma que após abordar o carro com drogas voltou ao posto de combustíveis, mas Breda não estava mais no local.

"Posteriormente, a PRF recebeu informações de que o carro foi abordado pela Polícia Militar em Laranjeiras do Sul (PR), tendo sido o motorista qualificado como Policial Militar", complementa a assessoria da corporação.

Em depoimento à polícia, Breda preferiu se manter em silêncio.

Em nota, Silvana Rosa, advogada que atua na defesa do policial, afirma que os fatos serão esclarecidos no processo judicial.

"Cabe ressaltar que a pessoa mencionada na reportagem sempre respeitou a legislação pátria com conduta ilibada perante a sociedade. Ademais cabe ressaltar que qualquer conclusão nesse momento será meramente especulativa e temerária", complementa.



Investigação


Luiz Paulo Breda atua na PM de Medianeira, cidade do oeste do estado que faz parte do batalhão da PM de Foz do Iguaçu.

Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e, por ser policial, está detido no batalhão da PM.

De acordo com informações obtidas pela RPC e pelo g1, quando foi abordado pela PRF no posto de combustíveis ele estava com a arma institucional no carro e, quando foi detido na cidade vizinha, portava dinheiro em espécie no bolso.

Questionada pelo g1, a assessoria da Polícia Militar disse que toda a documentação referente ao caso foi encaminhada para a Corregedoria da PM, para análise quanto à "participação ou não do PM nessa ocorrência".

"A PM não compactua com desvios de conduta, e caso tenha indícios suficiente da participação do policial militar, será instaurado o processo ou procedimento administrativo adequado para apuração, respeitando o direito do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, garantidos pela constituição federal", destaca a corporação.

A PM também confirmou que Breda ficou detido no 16º batalhão, que fica na região central do Paraná, até sábado (17). Após autorização judicial, ele foi transferido para o batalhão de Foz de Iguaçu, onde trabalha.

O g1 também questionou a Polícia Civil se a corporação está investigando o caso, e o Ministério Público (MP) se a instituição está acompanhando a situação, e aguarda retorno.

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