Homem foi baleado em obra de shopping após suspeito receber negativa de emprego, diz esposa da vítima
EXCLUSIVO: Bom Dia Paraná entrevista esposa de homem baleado em shopping de Curitiba
A esposa do homem que foi baleado em uma obra do ParkShoppingBarigüi, em Curitiba, disse que o marido foi atingido após negar uma vaga de emprego ao suspeito.
O caso aconteceu na última segunda-feira (22). A delegada Magda Hofstaetter, responsável pelas investigações, afirma que a vítima e o atirador já trabalharam juntos em outra ocasião. Relembre mais abaixo.
A esposa do homem pediu para não ser identificada. À RPC, ela disse que o marido é engenheiro de segurança do trabalho e trabalha na empresa Racional Engenharia, que faz a ampliação da área externa do shopping.
Conforme relatou a mulher, o atirador se inscreveu para uma oportunidade na empresa. No canteiro de obras, o engenheiro disse ao suspeito que ele não tinha perfil para vaga. O crime aconteceu pouco depois.
"Até então ele conformou, saiu, voltou e atirou a queima-roupa, no peito. Não deu chance nenhuma de ele se defender. Única coisa que ele [a vítima] disse foi: 'não precisa disso'. E assim mesmo ele atirou", falou.
Após ser atingido, o homem foi socorrido por colegas e está em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Santa Cruz.
Conforme a esposa, por conta do tiro, o homem precisou retirar o baço. Ela também disse que a bala ainda está alojada no corpo da vítima. Até a última atualização desta reportagem, o hospital não tinha divulgado o estado de saúde da vítima.
"Ele estava trabalhando e essa pessoa foi lá, premeditou tudo e tentou matar o meu marido. E por quê? E porque ele está solto aí, enquanto meu marido tá lutando pra viver?", falou a esposa.
Em nota, o ParkShoppingBarigüi lamentou o caso. A empresa Racional Engenharia disse que colabora com as investigações.
O suspeito tem 25 anos e se apresentou à polícia na terça-feira (23), um dia após o crime. Depois dos disparos, ele tinha fugido do local.
De acordo com a Polícia Civil (PC-PR), ele deve ser indiciado por tentativa de homicídio.
Ao ser interrogado, o suspeito preferiu ficar em silêncio. Ele foi liberado na sequência. O homem não apresentou a arma do crime à polícia.
De acordo com a PC, três testemunhas foram ouvidas no caso até o momento. Elas relataram ter ouvido disparos, mas não deram detalhes sobre o comportamento do suspeito ou motivações do crime.
Investigação
A principal linha de investigação da Polícia Civil é que o suspeito queria ter sido contratado pela construtora, e os disparos teriam sido uma reação à negativa que recebeu.
A delegada Magda Hofstaetter afirma que a investigação deve apurar se houve conversas entre a vítima e o suspeito antes do crime.
A polícia aguarda a recuperação da vítima para ouvi-la.
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