O comitê de campanha da presidente Dilma Rousseff teme que o suposto elo de João Vaccari Neto, tesoureiro nacional do PT, com um laranja do doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava Jato da Polícia Federal, seja explorado pelos adversários da petista na corrida presidencial. A preocupação principal de integrantes do QG dilmista é que as investigações da PF citando o tesoureiro do PT contaminem a disputa eleitoral, no momento em que o partido tenta resgatar a imagem da legenda após recentes casos de corrupção envolvendo filiados.
Em depoimento à PF, o advogado Carlos Alberto Pereira Costa disse que Vaccari esteve várias vezes na sede de uma das empresas usadas por Youssef. O advogado é suspeito de integrar o esquema de lavagem de dinheiro desmontado pela operação da PF, deflagrada em março. A equipe dilmista avalia que o caso surge num momento delicado da disputa, com a entrada de Marina Silva (PSB) na eleição presidencial, com potencial de estrago na campanha petista.
No primeiro semestre, o PT blindou Dilma ao afastar dos seus quadros sumariamente o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PR), após a revelação feita pela Folha de que ele havia usado um jatinho emprestado do doleiro Alberto Youssef. A decisão do PT foi baseada em pesquisas internas da legenda, que mostravam que o tema causa danos à imagem do partido, especialmente em locais como São Paulo, maior colégio eleitoral do país e Estado governado pelo PSDB há quase duas décadas.
No começo do ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou o partido a dar respostas imediatas'' sempre que surgissem casos que pudessem desgastar o PT, como o de Vargas e o do deputado estadual Luiz Moura (PT-SP), flagrado numa reunião com membros da organização criminosa PCC.
LIGAÇÕES
Com o arrefecimento do caso envolvendo a polêmica compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras, a campanha dilmista avaliava que o assunto não teria mais repercussão no auge da corrida eleitoral. Agora, com a suspeita de que Vaccari pode ter ligações com um laranja de Youssef, a campanha entende que o episódio pode abrir um "novo front de ataques".
No Palácio do Planalto,a ordem é manter distanciamento do caso, tratando o episódio como um problema do PT''. Assessores presidenciais lembram que Dilma nunca foi simpática a João Vaccari. Em 2010, por orientação da própria Dilma, ele ficou fora da campanha. Neste ano, a presidente repetiu a fórmula: Vaccari é responsável pelas contas do PT, mas não da campanha.
Segundo a Folha apurou, quando estourou o caso envolvendo Vargas, a presidente lembrou a interlocutores que o ex-vice presidente da Câmara dos Deputados era da "turma do Vaccari". Vargas, de fato, diz ser amigo do tesoureiro e protege o aliado sempre que questionado sobre o eventual envolvimento do petista nos negócios
investigados pela PF.
Folha de S. Paulo
Em depoimento à PF, o advogado Carlos Alberto Pereira Costa disse que Vaccari esteve várias vezes na sede de uma das empresas usadas por Youssef. O advogado é suspeito de integrar o esquema de lavagem de dinheiro desmontado pela operação da PF, deflagrada em março. A equipe dilmista avalia que o caso surge num momento delicado da disputa, com a entrada de Marina Silva (PSB) na eleição presidencial, com potencial de estrago na campanha petista.
No primeiro semestre, o PT blindou Dilma ao afastar dos seus quadros sumariamente o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PR), após a revelação feita pela Folha de que ele havia usado um jatinho emprestado do doleiro Alberto Youssef. A decisão do PT foi baseada em pesquisas internas da legenda, que mostravam que o tema causa danos à imagem do partido, especialmente em locais como São Paulo, maior colégio eleitoral do país e Estado governado pelo PSDB há quase duas décadas.
No começo do ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou o partido a dar respostas imediatas'' sempre que surgissem casos que pudessem desgastar o PT, como o de Vargas e o do deputado estadual Luiz Moura (PT-SP), flagrado numa reunião com membros da organização criminosa PCC.
LIGAÇÕES
Com o arrefecimento do caso envolvendo a polêmica compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras, a campanha dilmista avaliava que o assunto não teria mais repercussão no auge da corrida eleitoral. Agora, com a suspeita de que Vaccari pode ter ligações com um laranja de Youssef, a campanha entende que o episódio pode abrir um "novo front de ataques".
No Palácio do Planalto,a ordem é manter distanciamento do caso, tratando o episódio como um problema do PT''. Assessores presidenciais lembram que Dilma nunca foi simpática a João Vaccari. Em 2010, por orientação da própria Dilma, ele ficou fora da campanha. Neste ano, a presidente repetiu a fórmula: Vaccari é responsável pelas contas do PT, mas não da campanha.
Segundo a Folha apurou, quando estourou o caso envolvendo Vargas, a presidente lembrou a interlocutores que o ex-vice presidente da Câmara dos Deputados era da "turma do Vaccari". Vargas, de fato, diz ser amigo do tesoureiro e protege o aliado sempre que questionado sobre o eventual envolvimento do petista nos negócios
investigados pela PF.
Folha de S. Paulo
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