Foto:Agente de fiscalização Sebastião Celso Ferreira da Silva coleta informações ao lado do engenheiro eletricista Cosme Damião Xavier
Os frequentes furtos a residências e estabelecimentos comerciais em áreas urbanas têm tornado comum a instalação de cercas eletrificadas. Mas, disposto de forma incorreta, tal dispositivo de segurança pode provocar sérios acidentes. Para diminuir os riscos, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná está fiscalizando e orientando proprietários sobre a necessidade de acompanhamento de um profissional habilitado em Guarapuava.
Foto:Minuta de projeto de lei municipal do CREA-PR e AEAG estabelece parâmetros para instalação segura de cercas eletrificadas
Há aproximadamente 3 mil empreendimentos com cerca eletrificada instalada, entre residências, estabelecimentos comerciais e industriais no município. Por mês, são instalados, em média, de 15 a 20 novos equipamentos. Porém, alguns proprietários o fazem por conta própria ou sem o acompanhamento do profissional com o conhecimento técnico e registrado no CREA-PR.
Autor do caderno técnico “Cercas eletrificadas”, o engenheiro eletricista Cosme Damião Xavier ressalta os riscos a que estão submetidos os proprietários que abrem mão de uma cerca elétrica projetada e instalada por profissionais habilitados pelo CREA-PR. “Ao instalar da maneira que achar melhor, sem respeitar alturas e distâncias de segurança, o proprietário coloca em risco a vida de pessoas ou animais, sejam da família ou vizinhos”, ressalta. Com efeito, pode responder criminalmente em eventuais acidentes.
Foto:O consultor de segurança da Inviolável, Ramon Kosak, ao lado do proprietário da Comtudo Materiais de Construção, Iriberto José Chiott, agente de fiscalização do CREA-PR, Sebastião Celso Ferreira da Silva, e engenheiro eletricista Cosme Damião Xavier em ação de fiscalização
Engenheiro eletricista há 26 anos, 16 deles dispensados à atuação em Guarapuava, Xavier lista acidentes fatais envolvendo cercas eletrificadas nos últimos anos. Dois deles ocorreram em Londrina, norte do Paraná, um em Várzea Grande (MT) e três em Timon (MA). “Há muitos casos de acidentes fatais no Brasil”, ressalta.
O gerente regional do CREA-PR, Geraldo Canci, explica que a cerca eletrificada consiste basicamente em 4, 6 ou 8 filamentos ligados a uma central de choque. Quando rompidos ou tocados, esses fios disparam sirenes ou alertas em centrais de controle externas. “O invasor recebe pulso de alta tensão, porém, de baixíssima corrente, durando milésimos de segundo. Portanto, o choque não gruda e não é fatal”, descreve.
Porém, como esclarece Xavier, se não houver uma limitação da corrente elétrica, ela pode ser suficiente para matar uma pessoa. “Daí a necessidade de se utilizar equipamentos normalizados e certificados”.
Nas fiscalizações, o CREA-PR verifica se o proprietário possui uma ART (anotação de responsabilidade técnica) para cada projeto de eletrificador e outra para cada implantação de cerca. E se o dispositivo atende medidas de segurança.
O proprietário da Comtudo Materiais de Construção, Iriberto José Chiott, buscou uma empresa especializada para instalar o dispositivo. “Como temos um depósito junto à loja, precisamos nos precaver de furtos. Se a cerca não estiver dentro das normas, corro o risco de me incomodar mais tarde caso uma criança ou uma pessoa toque acidentalmente ou ocorra algum problema. A Inviolável já faz o monitoramento da loja e fez a instalação segura”, relata.
A Inviolável instala cercas eletrificadas em Guarapuava há mais de quatro anos. A empresa só o faz mediante ART obtida junto ao CREA-PR. O consultor de segurança Ramon Kosak, explica que alguns dispositivos são implantados de modo a garantir mais segurança e durabilidade. “É feito o furo no muro e a cerca é soldada com a viga com uma massa de cimento por cima. A durabilidade e a resistência numa tentativa de intrusão é bem maior”, relata. O consultor conta que já encontrou cercas convencionais afixadas irregularmente, sem acompanhamento. Ao invés de passar por uma central elétrica, os fios eram ligados diretamente em tomadas. “O risco de um acidente é bem maior”, revela.
Lei municipal
A norma brasileira sobre eletrificadores de cercas não apresenta critérios ou parâmetros para uma instalação segura, apenas trata das características dos equipamentos. Para preencher essa lacuna, é fundamental que o poder público municipal elabore um projeto de lei que regulamente a atividade.
O caderno técnico elaborado por Xavier já estabelece uma proposta. O texto indica que a implantação das cercas seja feita mediante licença para instalação, expedida pela Secretaria de Habitação e Urbanismo de cada município. Além disso, todos os padrões de segurança são observados, como a corrente adequada e até a sinalização com placas.
A minuta do projeto foi elaborada em Guarapuava, em 2006, por um grupo de engenheiros eletricistas da AEAG (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Guarapuava). No mesmo ano, a entidade a entregou à Prefeitura, onde desde então está sob estudo do Departamento Jurídico Municipal.
Via João Quaquio
Os frequentes furtos a residências e estabelecimentos comerciais em áreas urbanas têm tornado comum a instalação de cercas eletrificadas. Mas, disposto de forma incorreta, tal dispositivo de segurança pode provocar sérios acidentes. Para diminuir os riscos, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná está fiscalizando e orientando proprietários sobre a necessidade de acompanhamento de um profissional habilitado em Guarapuava.
Foto:Minuta de projeto de lei municipal do CREA-PR e AEAG estabelece parâmetros para instalação segura de cercas eletrificadas
Há aproximadamente 3 mil empreendimentos com cerca eletrificada instalada, entre residências, estabelecimentos comerciais e industriais no município. Por mês, são instalados, em média, de 15 a 20 novos equipamentos. Porém, alguns proprietários o fazem por conta própria ou sem o acompanhamento do profissional com o conhecimento técnico e registrado no CREA-PR.
Autor do caderno técnico “Cercas eletrificadas”, o engenheiro eletricista Cosme Damião Xavier ressalta os riscos a que estão submetidos os proprietários que abrem mão de uma cerca elétrica projetada e instalada por profissionais habilitados pelo CREA-PR. “Ao instalar da maneira que achar melhor, sem respeitar alturas e distâncias de segurança, o proprietário coloca em risco a vida de pessoas ou animais, sejam da família ou vizinhos”, ressalta. Com efeito, pode responder criminalmente em eventuais acidentes.
Foto:O consultor de segurança da Inviolável, Ramon Kosak, ao lado do proprietário da Comtudo Materiais de Construção, Iriberto José Chiott, agente de fiscalização do CREA-PR, Sebastião Celso Ferreira da Silva, e engenheiro eletricista Cosme Damião Xavier em ação de fiscalização
Engenheiro eletricista há 26 anos, 16 deles dispensados à atuação em Guarapuava, Xavier lista acidentes fatais envolvendo cercas eletrificadas nos últimos anos. Dois deles ocorreram em Londrina, norte do Paraná, um em Várzea Grande (MT) e três em Timon (MA). “Há muitos casos de acidentes fatais no Brasil”, ressalta.
O gerente regional do CREA-PR, Geraldo Canci, explica que a cerca eletrificada consiste basicamente em 4, 6 ou 8 filamentos ligados a uma central de choque. Quando rompidos ou tocados, esses fios disparam sirenes ou alertas em centrais de controle externas. “O invasor recebe pulso de alta tensão, porém, de baixíssima corrente, durando milésimos de segundo. Portanto, o choque não gruda e não é fatal”, descreve.
Porém, como esclarece Xavier, se não houver uma limitação da corrente elétrica, ela pode ser suficiente para matar uma pessoa. “Daí a necessidade de se utilizar equipamentos normalizados e certificados”.
Nas fiscalizações, o CREA-PR verifica se o proprietário possui uma ART (anotação de responsabilidade técnica) para cada projeto de eletrificador e outra para cada implantação de cerca. E se o dispositivo atende medidas de segurança.
O proprietário da Comtudo Materiais de Construção, Iriberto José Chiott, buscou uma empresa especializada para instalar o dispositivo. “Como temos um depósito junto à loja, precisamos nos precaver de furtos. Se a cerca não estiver dentro das normas, corro o risco de me incomodar mais tarde caso uma criança ou uma pessoa toque acidentalmente ou ocorra algum problema. A Inviolável já faz o monitoramento da loja e fez a instalação segura”, relata.
A Inviolável instala cercas eletrificadas em Guarapuava há mais de quatro anos. A empresa só o faz mediante ART obtida junto ao CREA-PR. O consultor de segurança Ramon Kosak, explica que alguns dispositivos são implantados de modo a garantir mais segurança e durabilidade. “É feito o furo no muro e a cerca é soldada com a viga com uma massa de cimento por cima. A durabilidade e a resistência numa tentativa de intrusão é bem maior”, relata. O consultor conta que já encontrou cercas convencionais afixadas irregularmente, sem acompanhamento. Ao invés de passar por uma central elétrica, os fios eram ligados diretamente em tomadas. “O risco de um acidente é bem maior”, revela.
Lei municipal
A norma brasileira sobre eletrificadores de cercas não apresenta critérios ou parâmetros para uma instalação segura, apenas trata das características dos equipamentos. Para preencher essa lacuna, é fundamental que o poder público municipal elabore um projeto de lei que regulamente a atividade.
O caderno técnico elaborado por Xavier já estabelece uma proposta. O texto indica que a implantação das cercas seja feita mediante licença para instalação, expedida pela Secretaria de Habitação e Urbanismo de cada município. Além disso, todos os padrões de segurança são observados, como a corrente adequada e até a sinalização com placas.
A minuta do projeto foi elaborada em Guarapuava, em 2006, por um grupo de engenheiros eletricistas da AEAG (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Guarapuava). No mesmo ano, a entidade a entregou à Prefeitura, onde desde então está sob estudo do Departamento Jurídico Municipal.
Via João Quaquio
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