
Os chamados “pontos cegos” na radiocomunicação das Forças de Segurança do Estado do Paraná podem estar com os dias contados. Isso porque o Deputado Estadual Coronel Lee protocolou na semana do dia 16, um projeto de lei preocupado em melhorar a radiocomunicação desses setores essenciais à sociedade.
O projeto visa acabar com o que é conhecido como “pontos cegos”, ou aqueles pontos aonde a radiocomunicação acaba não funcionando, interferindo no trabalho das equipes, seja por barreiras naturais, como morros, ou artificiais, como prédios, por exemplo. “A radiocomunicação é um bem precioso para as autoridades que diretamente estão no foco de problemas como desastres naturais e segurança pública. Sem a radiocomunicação fica inviável o trabalho operacional”, destaca o autor do Projeto de Lei 169/2020.
O projeto
Em suma, o projeto “dispõe sobre a reserva e cessão de uso de espaço descoberto nos condomínios de comunicação nos topos de edifício para instalação de antenas de radiocomunicação a serviço da Segurança Pública”. Em outras palavras, quer dizer que áreas no topo dos edifícios passam a ter um lugar “pré-reservado” para as antenas destinadas a esse tipo de comunicação.
“Como funciona hoje: as Forças de Segurança têm que alugar um espaço para colocar a sua antena estrategicamente onde precisa expandir seu sinal. Nos topos dos edifícios tem o chamado ‘condomínio de comunicação’. É aquele espaço que vemos ao andar, principalmente pelos grandes centros, no alto dos prédios, cheios de antenas. Em cidades grandes, o valor do aluguel pode chegar até R$ 10 mil por mês. É caro se pensarmos que a antena está justamente naquele espaço para atender toda a população. Esse projeto tem por finalidade deixar esses espaços reservados para as Forças de Segurança, sem onerar o Estado, e sem onerar a sociedade, pois é pela causa do bem comum”, detalha o parlamentar.
Já em áreas abertas, a instalação é um pouco mais complicada devido a falta de espaço. “É quase impossível hoje achar, dentro das cidades, um espaço desabitado. E quando acha, um projeto ambiental para a instalação de uma antena de radiocomunicação pode demorar até dois anos”, detalhou. “Neste projeto contamos com a ajuda do Capitão Nascimento, membro da Diretoria de tecnologia da Polícia Militar do Paraná, que nos orientou sobre todos esses trâmites técnicos, como por exemplo, mesmo com a digitalização da radiocomunicação, mais antenas serão necessárias, uma vez que a transmissão digital é mais limpa ao mesmo tempo que mais curta em questão de sinal do que a transmissão analógica”, frisa o deputado. “Quando aprovado, essa ação vai ampliar muito a área de cobertura, uma melhoria necessária para o bem de toda a população”, finalizou.